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Governo do Sri Lanka culpa grupo terrorista local por atentados

Investigações indicam que ataques podem ter sido planejados com a ajuda de uma rede internacional, por conta de treinamento e explosivos usados

Internacional|Da EFE

Explosões deixaram cerca de 300 mortos
Explosões deixaram cerca de 300 mortos Explosões deixaram cerca de 300 mortos

O governo do Sri Lanka culpou nesta segunda-feira (22) o pouco conhecido grupo terrorista local de ideologia islamita National Thawahid Jaman (NTJ) pelos atentados de ontem contra igrejas e hotéis de luxo, que deixaram cerca de 300 mortos e 500 feridos, mas alertou sobre possíveis vínculos com organizações estrangeiras.

O ministro da Saúde, Rajtha Senraratne, que faz a função de porta-voz do Poder Executivo, ao ser perguntado em entrevista coletiva em Colombo sobre que grupo estaria por trás dos atentados, conferiu um documento e disse: "National Thowheeth Jamath".

"É uma organização local?", questionaram em seguida os jornalistas.

"É uma organização local, mas não sabemos se tem vínculos com o exterior", acrescentou o ministro, sem dar mais detalhes sobre o grupo islamita que cometeu os "ataques suicidas" no domingo.

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Senraratne insistiu que as investigações indicam que os devastadores ataques podem ter sido planejados com a ajuda de uma rede internacional, ao levar em conta o treinamento dos terroristas e o uso de fortes explosivos.

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"Não acreditamos que uma organização pequena deste país possa fazer tudo isso. Estamos investigando o apoio internacional e outros vínculos", disse o ministro, ao mesmo tempo em que perguntou: "Como os agressores suicidas se formaram? Como produziram essas bombas?".

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Senraratne também reconheceu que o Sri Lanka tinha recebido informações de agências internacionais de inteligência no início de abril alertando para esses ataques, que indicavam que os alvos poderiam ser "igrejas e destinos turísticos".

"O inspetor-geral da polícia foi informado em 9 de abril, incluindo os nomes de supostos terroristas", reconheceu o ministro, que enfatizou a responsabilidade do governo por não ter evitado a tragédia.

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"Se sabíamos ou não é outro assunto, mas somos responsáveis, sentimos muito e pedimos desculpas", ressaltou Senraratne.

Ajuda para as famílias 

O porta-voz anunciou ajudas de 1 milhão de rupias (cerca de 5 mil euros) para as famílias dos mortos, entre 100 mil e 30 mil rupias (entre 500 e 1.500 euros) para os feridos e a "reforma imediata das igrejas com a ajuda das forças de segurança".

A série de ataques começou ontem de forma simultânea por volta de 8h45 locais (23h45 de sábado em Brasília), com fortes explosões em três hotéis de luxo em Colombo e também em uma igreja da capital, além de outra em Katana, no oeste do país, e de uma deflagração contra um terceiro templo cristão na cidade de Batticaloa, no leste.

As explosões continuaram horas depois com uma sétima detonação em um pequeno hotel situado a aproximadamente 100 metros do zoológico de Dehiwala, que fica cerca de dez quilômetros ao sul da capital, e a última em um condomínio residencial em Dematagoda, também em Colombo.

As autoridades locais vincularam as duas últimas explosões, nas quais morreram cinco pessoas, entre elas três policiais, com a possível tentativa de fuga dos terroristas envolvidos nos atentados.

Cerca de 20 suspeitos foram detidos pelos ataques, que apesar de o governo tê-los relacionado com o NTJ, ainda não tiveram sua autoria reivindicada por nenhum grupo ou indivíduo.

Atentados de tal magnitude não ocorriam no Sri Lanka desde a guerra civil entre a guerrilha tâmil e o governo, um conflito que durou 26 anos e terminou em 2009, e que deixou, segundo dados da ONU, mais de 40 mil civis mortos.

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