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ONU expressa inquietação por impacto de sequestros no processo de paz da Colômbia

Presidente não retomará processo de paz até que sequestrados sejam libertados

Internacional|

As Nações Unidas expressaram nesta segunda-feira (17) sua "inquietação" pelo forte impacto que tiveram os últimos sequestros da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), entre eles o de um general do exército, sobre o processo de paz, que foi interrompido pelo presidente Juan Manuel Santos.

Em comunicado, o escritório da ONU na Colômbia pediu a libertação do general Rubén Darío Alzate, do cabo Jorge Rodríguez e da advogada Gloria Urrego en Las Mercedes, que foram sequestrados em um remoto casario do departamento de Chocó neste domingo.

O organismo disse que sua libertação seria um "gesto de paz" que permitiria a retomada dos diálogos entre o governo e a guerrilha, que deviam ter se reiniciado hoje em Havana.

"Expressamos nossa inquietação pelo impacto que estes fatos têm sobre o processo de paz dado o notável progresso realizado pelas partes nos diálogos de Havana e considerando a importância de construir sobre estas conquistas para completar a agenda de paz", afirma o comunicado.

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"As Nações Unidas esperam que a situação seja resolvida o mais breve possível e cumprimenta os esforços que estão em curso para conseguir esse fim", acrescenta a nota da ONU.

Além disso, as Nações Unidas expressaram sua solidariedade para as famílias das pessoas afetadas e sua preocupação pela situação dos sequestrados. 

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O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, manterá suspenso o processo de paz até que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) "demonstrem sua vontade de paz" e libertem os sequestrados.

"Enquanto esta situação não se solucione reiterei aos negociadores que não poderão viajar a Havana para retomar as negociações", disse o presidente em um discurso ao país após reunir-se na Casa de Nariño, sede do Executivo, com sua equipe.

Os negociadores do governo, que amanhã deveriam iniciar em Havana o 31º ciclo de diálogos com as Farc, não viajaram hoje, como estava previsto, por ordem do presidente após o sequestro do general Alzate, comandante da força-tarefa Titã, de um suboficial e uma advogada que o acompanhavam ontem no remoto casario de Las Mercedes.

"Das Farc exijo, e não só eu, exigem nossa nação e toda a comunidade internacional, que demonstrem sua vontade de paz com ações e não só com palavras", enfatizou o chefe de Estado.

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O presidente se referiu também ao recente assassinato de dois indígenas no departamento do Cauca por membros dessa guerrilha e ao sequestro de outros dois militares em Arauca na semana passada.

Santos ressaltou sua decisão de seguir negociando com a guerrilha no meio da guerra sem uma cessação de fogo bilateral, como voltaram a pedir hoje políticos de esquerda e movimentos sociais, pois assegurou que o objetivo é acabar com o conflito de meio século de uma vez por todas, com um acordo de paz, e não parcialmente.

"Estamos falando de parar a guerra de uma vez por todas, isto se alcança com o término do conflito, não com uma simples trégua. Acreditem em mim, conversar no meio do conflito é a melhor maneira de colocar ponto final a esta absurda guerra", opinou.

Além disso, o presidente solicitou "a intervenção dos países fiadores do diálogo (Cuba e Noruega)" nesta crise derivada dos sequestros para que "se possa encontrar rapidamente a resposta que o país está esperando". 

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