O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou ter lançado bombardeios "maciços" contra a Ucrânia, em resposta ao ataque que ele próprio considerou "terrorista" que destruiu parcialmente a ponte da Crimeia e pelo qual acusa Kiev.
Durante a abertura de um Conselho de Segurança, transmitido pela televisão, Putin prometeu respostas "severas" em caso de novos ataques da Ucrânia contra a Rússia.
"Se as tentativas de ataques terroristas em nosso território continuarem, as respostas da Rússia serão severas e sua escala corresponderá ao nível das ameaças representadas", afirmou Putin.
"Ninguém deve ter dúvidas", alertou.
PONTE ESTRATÉGICA
A Rússia, inicialmente, evitou acusar a Ucrânia pelo ataque à ponte, que ficou parcialmente destruída após a explosão de um caminhão-bomba, mas neste domingo (9) Putin decidiu responsabilizar o país vizinho e chamou o incidente de "ato terrorista".
Volodmir Zelensky, presidente ucraniano, nega que seu governo tenha atacado a ponte. Mikhailo Podoliak, conselheiro da presidência da Ucrânia, disse que "convém assinalar que o caminhão que explodiu, segundo todos os indícios, subiu na ponte pelo lado russo. É na Rússia que vocês devem procurar respostas".
A ponte liga o território russo à península ucraniana que foi anexada por Putin em 2014. Atualmente, a estrutura é uma rota importante para levar armamentos e mantimentos aos soldados russos que lutam na guerra.
O ataque matou três pessoas que estavam dentro de um carro quando aconteceu a explosão.
Uma série de ataques com mísseis também atingiu na última segunda-feira (10), a capital da Ucrânia, Kiev. Os disparos foram feitos pelas tropas da Rússia, o que foi confirmado pelo presidente Vladimir Putin. O chefe de Estado tambem informou que novos atos de "terrorismo" contra o país receberão resposta parecida. A declaração ocorre depois que uma ponte de 19 km de comprimento, que liga o sul da Rússia à península da Crimeia, foi atacada e destruída no sábado (8)