Resgate em hotel que explodiu em Cuba termina com 44 mortos
Sete dias após acidente, autoridades do país dizem que 98 pessoas ficaram feridas, das quais 16 continuam internadas
Internacional|Do R7
As autoridades de Cuba anunciaram nesta quinta-feira (12) o fim dos trabalhos de resgate no Saratoga, o hotel de Havana onde ocorreu uma explosão na sexta-feira passada (6) que matou 44 pessoas.
O último relatório do Ministério da Saúde Pública, divulgado nesta tarde, manteve o número de feridos na explosão em 98, dos quais 16 continuam internados.
O acidente, presumivelmente provocado por um vazamento de gás, causou graves danos no edifício, com o desabamento de parte da estrutura e a queda de metade da fachada, bem como danos em 17 prédios contíguos.
Após a conclusão dos trabalhos de busca e resgate, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel decretou dois dias de luto oficial, segundo informou o jornal oficial Granma.
"Durante a vigência do luto oficial, a bandeira da estrela solitária deve ser hasteada a meio mastro em prédios públicos e instituições militares", acrescentou a publicação.
Anteriormente, o chefe do Corpo de Bombeiros de Cuba, coronel Luis Carlos Guzmán, disse à imprensa local que as equipes encontraram o corpo da última pessoa desaparecida, de acordo com relatos de familiares.
"Até este minuto, ainda é a última pessoa desaparecida", disse Guzmán, referindo-se ao corpo encontrado, presumivelmente o de uma garçonete que estava no prédio no momento da explosão.
Citado pela estatal Agência Cubana de Notícias, o oficial acrescentou que agora continuarão com a limpeza e remoção de escombros na área onde ocorreu a explosão. Todos os mortos identificados até agora são cubanos, exceto uma jovem turista espanhola.
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O governo cubano reiterou que a causa do acidente foi um vazamento ocorrido quando um caminhão-tanque de gás liquefeito estava abastecendo um tanque no estabelecimento.
O Saratoga, construído em 1880, funcionava desde 1911 como hotel. Sua última restauração ocorreu em 2005.