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Supremo da Espanha aprova exumação de Francisco Franco

Governo tomou a decisão de exumar o ditador em aplicação da lei espanhola da Memória Histórica, que proíbe homenagear e exaltar a ditadura franquista

Internacional|Da EFE

Decisão foi tomada contra a vontade da família
Decisão foi tomada contra a vontade da família Decisão foi tomada contra a vontade da família

O Tribunal Supremo da Espanha aprovou nesta terça-feira (24) o plano do governo de exumar e transferir os restos do ditador Francisco Franco para um cemitério próximo a Madri, contra os desejos da família.

Desde que morreu, em 1975, Franco está enterrado no monumento do Vale dos Caídos, construído por ordens do próprio ditador. Os netos queriam que, em caso de exumação, o corpo fosse sepultado na catedral da Almudena, no centro de Madri.

Fontes jurídicas explicaram à agência EFE que o Supremo rejeitou na sua totalidade o recurso que os netos do ditador tinham apresentado contra o acordo do governo, de 15 de março, que marcava a exumação para 10 de junho, data que precisou ser adiada.

O governo do socialista Pedro Sánchez tomou a decisão de exumar os restos do ditador em aplicação da lei espanhola da Memória Histórica, que proíbe homenagear e exaltar a ditadura franquista.

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A decisão do governo estabelecia o sepultamento no cemitério de Mingorrubio-El Pardo, nos arredores de Madri, onde desde 1988 está enterrada a esposa de Franco. A residência onde o ditador viveu até a morte ficava em El Pardo.

A sentença do Supremo, que será divulgada nos próximos dias, também rejeita o pedido da família Franco para que, caso autorizada a exumação, os restos fossem enterrados na catedral de Madri, onde a filha de Franco comprou em 1987 uma sepultura para vários corpos.

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A posição do governo, que finalmente recebeu o apoio dos magistrados, rejeitava essa pretensão devido a motivos de segurança. O argumento era que a possibilidade de Franco ser homenageado em pleno centro histórico de Madri poderia gerar incidentes.

No entanto, o sepultamento de Franco enfrenta um último empecilho judicial: um juiz de Madri suspendeu de forma provisória a licença de obras da Câmara Municipal de San Lorenzo del Escorial (município onde está localizado o Vale dos Caídos) para erguer o túmulo do ditador.

Esse juiz aceitou um pedido que argumentava que levantar toda a estrutura, que pesa duas toneladas, poderia representar um perigo para os operários.

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