Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Tensão no Egito: Irmandade Muçulmana convoca seguidores para mais um dia de protestos

Um dia após massacre policial de quarta-feira (14), país é palco de novos confrontos violentos

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Homem utiliza aromatizador de ambiente para amenizar cheiro de cadáveres, que estão empilhados em mesquita no Cairo
Homem utiliza aromatizador de ambiente para amenizar cheiro de cadáveres, que estão empilhados em mesquita no Cairo Homem utiliza aromatizador de ambiente para amenizar cheiro de cadáveres, que estão empilhados em mesquita no Cairo

A Irmandade Muçulmana convocou seus seguidores para que ocupem as ruas do Cairo nesta sexta-feira (16), dois dias após forças de segurança do Egito matarem centenas de manifestantes, partidários do presidente deposto Mohamed Mursi, durante o desmantelamento de dois acampamentos na capital egípcia.

"As manifestações contra o golpe de Estado partirão de todas as mesquitas do Cairo e se dirigirão à Praça Ramsés após a oração para uma "sexta-feira de cólera'", disse Gehad el Haddad, porta-voz da Irmandade Muçulmana, grupo que levou Mursi ao poder e que vem convocando as manifestações das últimas semanas.

A mais recente crise no Egito se iniciou em 3 de julho, quando o islamita Mursi foi destituído por um golpe militar, somente um ano após ser eleito. Desde então, vários protestos foram organizados pelos islamitas para exigir a volta do presidente, que segue detido pelo Exército.

Na quarta-feira (14), forças de segurança agiram com violência quando desmantelavam dois acampamentos tomados pelos apoiadores de Mursi. Centenas de islamitas morreram. O confronto na capital atiçou os ânimos em outras partes do país.

Publicidade

As manifestações de hoje podem tornar o atual conflito ainda mais sangrento. Isso porque, segundo o Ministério do Interior, as forças de segurança voltarão a usar munição real para repelir quaisquer ataques a seus agentes ou a prédios públicos.

Na quinta-feira (15), novos episódios de violência foram registrados, com ataques a prédios públicos e a morte de nove policiais e militares.

Publicidade

Evitar a "guerra civil"

O massacre de quarta-feira foi assunto no Egito e no mundo durante toda a quinta-feira. Várias personalidades egípcias criticaram a intervenção das forças de ordem, principalmente o vice-presidente Mohamed el Baradei, prêmio Nobel da Paz, que renunciou, e o grão-imã de Al-Azhar, a maior autoridade do Islã sunita.

Publicidade

A imprensa egípcia, entretanto, deu apoio ao Exército, como o jornal governamental Al Akhbar, que destacou "O fim do pesadelo da Irmandade Muçulmana".

A comunidade internacional condenou de forma unânime o massacre.

Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU se reuniram de forma emergencial em Nova York, no fim do dia, apelando a todas as partes para que acabem com a violência e exerçam o máximo controle.

Navi Pillay, alta comissária da ONU encarregada dos Direitos Humanos, pediu uma investigação sobre o ataque das forças egípcias. O presidente francês, François Hollande, pediu que todos "atuem para evitar a guerra civil". Paris e Berlim convocaram os embaixadores egípcios.

O papa Francisco pediu orações "pela reconciliação" nos países onde várias igrejas foram atacadas na quarta-feira. A China manifestou sua "grande preocupação".

Rússia e EUA recomendaram aos seus cidadãos que evitem viajar ao Egito.

O governo fez vários pedidos para que os manifestantes pró-Mursi deixassem as praças na capital do país, ameaçando sempre com o uso da força, mas estes se recusaram, afirmando que manteriam os atos até a volta de Mursi à Presidência.

O que acontece no mundo passa por aqui

Moda, esportes, política, TV: as notícias mais quentes do dia

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.