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Três acidentes aéreos nos últimos 18 anos foram provocados por pilotos suicidas

Principal suspeita da tragédia com voo da Germanwings é que copiloto tenha derrubado avião

Internacional|Fernando Mellis, do R7

Airbus A320 perdeu altitude rapidamente antes de se chocar com montanhas no sul da França, na última terça-feira
Airbus A320 perdeu altitude rapidamente antes de se chocar com montanhas no sul da França, na última terça-feira Airbus A320 perdeu altitude rapidamente antes de se chocar com montanhas no sul da França, na última terça-feira

A suspeita de que o copiloto da Germanwings, Andreas Lubitz, tenha derrubado propositalmente o avião sobre os Alpes franceses faz lembrar um acidente semelhante, em novembro de 2013, na África. As características do que foi revelado até agora no caso do voo 9525 — que deixou 150 mortos— são muito semelhantes ao acidente com a aeronave que fazia a viagem entre Maputo (Moçambique) e Luanda (Angola).

Os investigadores concluíram que o comandante do voo 470 da Linhas Aéreas de Moçambique aproveitou o momento em que o copiloto deixou a cabine para iniciar um procedimento de descida que não estava previsto. Assim como aconteceu com o Airbus, o jato regional saiu de uma altitude de cruzeiro, em piloto automático, para um choque violento contra o solo. Nenhuma das 33 pessoas a bordo sobreviveu. Os destroços foram localizados no Parque Nacional Bwabwata, na Namíbia.

As autoridades de Moçambique disseram que o comandante Hermínio dos Santos Fernandes chegou a pedir à companhia aérea para deixar de voar. Ele tinha problemas pessoais e, um ano antes do acidente, um filho dele havia se suicidado.

As gravações de áudio da cabine revelaram algo idêntico aos registros do voo 9525: o som do outro piloto batendo do lado de fora da cabine, sem obter resposta. No caso da África, o copiloto saiu e o comandante teria cometido o ato.

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Em 31 de outubro de 1999, o voo 990 da EgyptAir, de Nova York para o Cairo, caiu algum tempo depois de decolar, no Estado de Massachusetts. Todas as 217 pessoas a bordo morreram. A apuração foi conduzida pelo NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes), um dos mais respeitados escritórios de investigação de acidentes aéreos do mundo. O relatório final apontou que um dos pilotos colocou o voo em um mergulho vertical. Porém, o motivo pelo qual ele teria feito isso não foi determinado.

Na Indonésia, em 1997, um Boeing 737 da companhia Silkair caiu em um rio, deixando 104 mortos, em um voo entre Jacarta e Cingapura. O impacto foi tão forte que o bico da aeronave foi localizado a 10 m abaixo do leito do rio. As autoridades não concluíram as causas do acidente, mas investigadores do NTSB focaram no comandante Way Ming. Ele passava por problemas financeiros e profissionais.

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No ano passado, o copiloto de um Boeing 767 da Ethiopian Airlines sequestrou o avião que fazia a rota entre Adis Abeba e Roma. Diferente dos outros casos, nesse, a aeronave pousou em segurança em Genebra (Suíça). O copiloto desviou o avião da rota quando o comandante saiu para ir ao banheiro. Ele tinha intenção de pedir asilo naquele país.

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As investigações do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido há mais de um ano, também cogitaram uma interferência de um dos pilotos no voo, entre Kuala Lumpur e Pequim. A hipótese de suicídio foi amplamente discutida. Até hoje, o acidente continua um mistério.

Não é comum aviões comerciais serem derrubados pelos pilotos, mas o problema ainda preocupa autoridades antiterrorismo em todo o mundo. Nos Estados Unidos, um relatório de 2011 alerta sobre a “ameaça interna” nas aeronaves. 

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