A Justiça mineira decidiu levar a júri popular o acusado de matar a argentina Maria Silvina Valéria Perotti em fevereiro de 2013, quando ela estava grávida de sete meses. O crime aconteceu no bairro Calafate, região noroeste de Belo Horizonte, e José Antônio Mendes de Jesus era marido da vítima.
Segundo a juíza sumariante do 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, Âmalin Aziz Sant’Ana, os exames de necrópsia comprovaram que Maria Silvina morreu em decorrência de um traumatismo craniano provocado por disparos de arma de fogo feitos pelo acusado. Além disso, o réu também responderá por tentativa de aborto já que a vítima estava grávida, mas o bebê sobreviveu.
Ainda conforme a magistrada, duas testemunhas reconheceram Jesus como sendo o autor dos disparos. Além disso, informaram que apenas o casal estaria no carro no momento do crime. No entanto, inicialmente, o acusado alegou que o casal teria sido vítima de um assalto.
Em relação ao indiciamento também pelo crime de tentativa de aborto, a juíza considerou o depoimento de uma terceira testemunha que disse que Jesus não queria ter filhos e tratava com indiferença a gravidez de Maria Silvina.
Relembre o caso
Maria Silvina foi morta com dois tiros enquanto dirigia seu carro pelo bairro Calafate, na capital mineira. Na ocasião, ela foi jogada para fora do veículo e Jesus disse à polícia que o casal teria sido vítima de um assalto e que ele foi deixado às margens da BR-040. Mas, testemunhas teriam visto o suspeito atirando na mulher.
A argentina estava grávida de sete meses, mas os médicos conseguiram realizar uma cesariana de emergência e salvaram a criança. Mateus Santiago ficou três meses internado no Hospital Júlia Kubitschek e, atualmente, está sob os cuidados da avó materna.