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Anel Rodoviário de BH registra quase dois acidentes com vítimas por dia em 2022

Área de escape para minimizar tragédias deve ficar pronta neste semestre; Rodoanel que vai desafogar via aguarda licitação

Minas Gerais|Pablo Nascimento e Michelyne Kubitschek, do R7

Engavetamento matou dois homens nesta sexta
Engavetamento matou dois homens nesta sexta Engavetamento matou dois homens nesta sexta

Dados da PMRM (Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais) apontam que o Anel Rodoviário de Belo Horizonte registrou em 2022, até o momento, ao menos 272 acidentes de trânsito com vítimas - uma média de 1,7 caso por dia.

O levantamento da corporação também indica que 11 pessoas morreram nos acidentes ocorridos na pista neste ano.

Dentre os acidentes do balanço, está o engavetamento que terminou com duas mortes e seis feridos na noite desta sexta-feira (10), na altura do bairro Betânia, na região oeste. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso.

Silvestre Andrade, consultor e especialista em trânsito, destaca que a região onde ocorreu o acidente desta sexta-feira é palco frequente de batidas. O especialista explica que a característica de descida longa no trecho, acompanhada de curvas sucessivas, propicia o cenário. Ele acrescenta, ainda, o volume de veículos que passam pelo local. De acordo com a Polícia Rodoviária Militar, 160 mil veículos trafegam pelo Anel Rodoviário diariamente.

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"Você mistura um tráfego pesado de veículos de grande porte e veículos leves que trafegam na área urbana, você mistura um que tem tendência em velocidade maior com um de velocidade menor, esse conflito de usos também é ruim", pontua Andrade.

Na última quarta-feira (8), um casal também morreu a um quilômetro de distância do acidente desta sexta-feira, após bater a moto em que estavam em um veículo. A diferença é que a batida mais recente aconteceu no sentido Vitória, enquanto o outro ocorreu na direção Rio de Janeiro.

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Veja o número de mortes no Anel entre 1º de janeiro e 08 de junho dos anos anteriores:

- 2020: 12

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- 2021: 11

Veja o número de acidentes no Anel entre 1º de janeiro e 08 de junho dos anos anteriores:

- 2020: 258

- 2021: 290

Rodoanel como solução

Os acidentes no Anel Rodoviário são problemas questionados pelo poder público há anos. Uma das soluções para desafogar a via, apresentada pelo Governo de Minas, é a construção de um Rodoanel, que pretende desviar o trânsito para cidades da região metropolitana, ligando as BRs 040, 262 e 381.

A primeira versão do projeto foi divulgada em janeiro deste ano. A ideia é que uma empresa seja contratada para fazer a obra e assumir a administração da nova pista, que terá pedágios.

A licitação do projeto estava prevista para acontecer no dia 28 de abril, mas foi adiada para o próximo dia 28 de julho. Segundo o Governo, a alteração foi necessária para dar mais tempo de preparo para as empresas interessadas em dar lances.

O projeto deve receber investimento de R$ 5 bilhões do poder público, que virá do acordo do Governo de Minas com a Vale em reparação aos impactos causados pelo rompimento da barragem de Brumadinho, na Grande BH. A expectativa é que a primeira parte da obra seja entregue em 2026.

Áreas de escape

Outra alternativa apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte para amenizar os riscos de acidentes foi a criação de uma área de escala no terreno ao lado do Anel Rodoviário, na altura do bairro Betânia, onde costuma acontecer a maior parte das batidas.

A obra começou em outubro de 2021. Procurada neste sábado (11), a prefeitura informou que a previsão é que o projeto seja concluído ainda neste semestre.

"Após a interrupção das obras em função do período chuvoso, cerca de 65% dos serviços já se encontram executados: supressão de árvores, destoca e limpeza da área, terraplenagem, pavimentação e estrutura de concreto. Faltam a pavimentação, parte das estruturas de concreto em fase final de acabamento, os serviços de pintura, iluminação e sinalização, bem como a drenagem superficial e profunda", informou o executivo municipal.

"Com recursos próprios da Prefeitura, esta etapa da obra está sendo executada dentro do orçamento inicial previsto que é de aproximadamente R$ 3,5 milhões", completou em nota.

Entenda a dinâmica do acidente desta sexta-feira:

• Dois carros se envolvem em um acidente, sendo um batendo na traseira do outro. Os próprios motoristas desceram para fazer a sinalização e ligaram para a Via 040, concessionária que administra o trecho;

• Caminhão-reboque da Via 040 chega ao local e começa a sinalizar a pista. Neste momento, um outro caminhão carregado com cerveja, que trafegava pela faixa da esquerda, não consegue parar e atingiu o carro de um laboratório, a traseira do veículo da concessionária e para ao bater e derrubar a barreira do radar de velocidade;

• Em seguida, um outro caminhão que transportava equipamentos de som também não consegue parar a tempo e bate em uma caminhonete - que ficou destruída - e em um carro de passeio - que capotou. O caminhão tombou e parou com as rodas viradas para cima, nas margens do Anel Rodoviário. O sonoplasta Douglas Castilho, então com 50 anos, dirigia o veículo. Ele estava sozinho e morreu na hora. O publicitário Paulo Silva, então com 61 anos, estava na caminhonete e também morreu.

Fotos mostram rastro de destruição após acidente no Anel Rodoviário:

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