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Armamento pesado, tiroteio e policiais feridos: veja o que se sabe sobre o ataque em Itajubá (MG)

Pelos menos 12 criminosos invadiram a cidade, mas fugiram antes de concluir o roubo ao banco; cinco pessoas foram baleadas

Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7, com Vinícius Rangel, Da Record TV Minas

A cidade de Itajubá, a 451 km de Belo Horizonte, se transformou em um cenário de conflito durante a noite desta quarta-feira (22). Criminosos, fortemente armados, realizaram uma ação organizada de ataque a banco do município. Moradores registraram a invasão com troca de tiros. A cidade, localizada no sul de Minas, fica quase na divida com São Paulo e tem pouco mais de 90 mil habitantes.

Carro com marcas de sangue foi localizado
Carro com marcas de sangue foi localizado Carro com marcas de sangue foi localizado

Segundo a Polícia Militar, pelo menos 12 pessoas estão envolvidas no crime. Por volta de 23h30, a quadrilha cercou a agência bancária e batalhões da corporação. Ainda de acordo com a PM, a intenção do grupo era roubar joias do penhor, mas eles não conseguiram arrombar o cofre.

Durante a ação, que durou cerca de 30 minutos, houve troca de tiros e pelo menos quatro policiais foram atingidos, além de um morador do município. Um dos agentes levou um disparo de fuzil no braço e precisou passar por uma cirurgia, mas não corre risco de morte. Os outros três militares se feriram com menor gravidade.

Um estudante que passava pelo local no momento do ataque também foi atingido por um disparo na perna. A porta-voz da PM, capitã Layla Brunella, informou que ele não foi ferido gravemente.

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Segundo o tenente-coronel Flávio Santiago, os criminosos estão equipados com armamento pesado. “São terroristas. Com esse pessoal não tem muita negociação, porque eles estão com armamento pesado: fuzis calibre ponto 50”, relatou.

Itajubá (MG) fica quase na divisa com o Estado de São Paulo
Itajubá (MG) fica quase na divisa com o Estado de São Paulo Itajubá (MG) fica quase na divisa com o Estado de São Paulo

Fuga

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Após o confronto com a PM, os criminosos se dividiram em dois grupos e fugiram no sentido São Paulo usando cerca de seis carros. Um dos envolvidos foi preso. A força de segurança de Minas Gerais, incluindo o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), está empenhada na ocorrência e cercou cidades da zona rural do sul do estado. A Polícia Militar do estado paulista foi acionada para reforçar o patrulhamento na divisa de território.

“A PM continua esse cerco com muita cautela para que haja proteção da vida desses militares. Eu tenho fé que a ação da polícia em resposta ao ataque será dada à altura com a prisão dos autores”, afirmou Santiago. 

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Um veículo com marcas de sangue foi encontrado no município de Extrema, também no sul de Minas. A suspeita é que o carro pertença ao grupo.

'Novo cangaço' em MG

Em outubro do ano passado, uma ação policial impediu o ataque a um centro de distribuição do Banco do Brasil em Varginha, a 320 km de Belo Horizonte. Durante a ação, 26 criminosos morreram.

As investigações revelaram que eles faziam parte do chamado “novo cangaço”, que são quadrilhas especializadas em assaltos a banco e que atuam em cidades pequenas. Na época, a PM apreendeu um arsenal, incluindo armas de uso restrito das Forças Armadas, e uma metralhadora usada em ataques de guerra.

“Como você vai enfrentar pessoas que estão preparadas para uma guerra, você tem que chegar com muita força. Normalmente, nós somos recebidos a tiros, eles não são "pés de chinelo". Se nós não atuarmos, a sociedade paga um preço alto demais e não vamos permitir isso no nosso estado”, afirmou o tenente-coronel Flávio Santiago.

O processo sobre a operação tramita através de inquérito policial tombado na Justiça Federal de Varginha. A PM considera que a investigação deve ser conduzida pela Justiça Militar de Minas Gerais. 

“A Polícia Judiciária Militar faz essa apuração e tem transparência. Nós estamos abertos a todos esses órgãos e sempre estivemos”, disse Santiago sobre o assunto.

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