Condenado pelo assassinato da modelo Eliza Samudio, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", voltará ao banco dos réus nesta quarta-feira (16) em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele será novamente julgado pela morte do carcereiro Rogério Martins Novelo.
Segundo o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), o crime aconteceu em 23 de maio de 2000 e, em 5 de novembro de 2012, o ex-policial foi absolvido da acusação. Entretanto, o MP (Ministério Público) recorreu da decisão pedindo a anulação do júri e a realização de um novo julgamento e, em abril do ano passado, a 2ª Câmara Criminal acatou o recurso.
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Neste pedido, o MP argumentou que a exibição de vídeos durante a sessão, nos quais "Bola" aparecia em treinamento com armas, teria intimidado os jurados que formavam o Conselho de Sentença e que, por isso, eles teriam decidido de forma contrária à prova dos autos.
O novo júri está previsto para ter início às 9h de quarta-feira no Fórum de Contagem. Ao todo, dez testemunhas, sendo cinco de defesa e cinco de acusação, devem ser ouvidas durante a sessão, que será presidida pelo Elexander Camargo Diniz. Já a acusação ficará a cargo do promotor Daniel Saliba de Freitas.
Denúncia
Conforme a denúncia do Ministério Público, o assassinado de Novelo aconteceu durante uma emboscada armada contra ele no bairro São Joaquim, em Contagem. Ainda segundo o órgão, a dinâmica do homicídio sugere tratar-se de um crime de mando e "Bola" teria sido o executor. Além disso, o acusado teria sido reconhecido por uma irmã da vítima, que presenciou o crime.
Caso Bruno
Em 27 de maio de 2013, Marcos Aparecido dos Santos foi condenado a 22 anos de prisão pela morte da modelo Eliza Samudio, em 2010. A vítima era ex-amante do goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza e mãe de um filho do atleta.
"Bola" foi apontado como executor do crime e foi condenado a 19 anos em regime fechado pelo crime de homicídio duplamente qualificado e outros três anos pela ocultação de cadáver.
Atualmente, "Bola" cumpre pena na Casa de Custódia da Polícia Civil.