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Delegado investigado por esquema de corrupção e lavagem de dinheiro se entrega em Belo Horizonte

Rafael Lopes Azevedo se apresentou após duas semanas foragido; prisão é resultado de operações que investigaram policiais 

Minas Gerais|Túlio Lopes, da Record TV Minas


Policiais são alvos de operações
Policiais são alvos de operações

O delegado Rafael Lopes Azevedo se entregou à Polícia Civil, no último sábado (9), e está detido em uma casa de custódia do órgão, em Belo Horizonte. O mandado de prisão preventiva contra o agente foi cumprido após a realização de três operações que apontaram policiais que recebiam dinheiro para esvaziar investigações.

No dia 28 de junho, a Polícia Federal e a Corregedoria da PC deflagaram a ação chamada “Forseti" na Delegacia de Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas. Segundo as investigações, policiais do local receberam valores em dinheiro para esvaziar o procedimento investigativo sobre um traficante flagrado com 36 quilos de cocaína em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Um dos suspeitos teria soltado o preso e devolvido aos criminosos a carga ilícita apreendida.

Ainda segundo a corporação, as investigações revelaram também o envolvimento dos policiais investigados com outros esquemas de corrupção, de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro. Os mandados foram cumpridos nos municípios mineiros de Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, Ibirité, Sarzedo, Sete Lagoas e Juiz de Fora.

Operação Terceiro


Uma outra ação foi realizada pela Força Tarefa de Segurança Pública, coordenada pela Polícia Federal em conjunto com as polícias Militar, Civil e Penal. A "Operação Terceiro" revelou o pagamento de suborno de mais de R$500 mil para a soltura de um comparsa e a devolução da carga apreendida.

Também foi descoberto que a organização criminosa negociou produtos químicos suficientes para produção de duas toneladas de cocaína e o registro de movimentações patrimoniais e financeiras de cerca de R$19,3 milhões em um período de 10 meses.


Operação Higia

Uma terceira operação, que recebeu o nome de "Higia", realizada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte, Betim, Curvelo, Ribeirão das Neves e Vespasiano, em Minas Gerais. Foram cumpridas, ainda, buscas nas celas de quatro investigados, que já estavam presos em Patrocínio e Ribeirão das Neves por outros crimes.

Segundo as investigações, o esquema funcionava de maneira semelhante: os policiais civis investigados recebiam de criminosos, em sua maioria traficantes de drogas, vantagens indevidas para que não houvesse um efetivo enfrentamento dos crimes praticados. Os contatos entre os policiais e os criminosos eram intermediados por um advogado, que também teve sua prisão preventiva decretada.

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