— Eu não desisto, eu vou atrás deles até acabar, enquanto não tiver a condenação, eu não abro mão. Eu vou até o final.
As palavras emocionadas são de Álvaro Abílio, pai do jovem Cristiano Guimarães Nascimento, de 22 anos, que foi espancado até a morte na porta de uma boate de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Dois policiais militares foram presos suspeitos de envolvimento no crime. Uma terceira pessoa segue sendo procurada.
O pai e o irmão do rapaz, Fabiano Nascimento, estiveram no programa Balanço Geral, da TV Record Minas. Chocado com o ocorrido, Fabiano ressaltou que a família está se mantendo firme em meio à tragédia graças ao apoio de amigos.
— É uma perda lastimável, ninguém esperava. A gente quer Justiça, porque não pode acontecer isso com ninguém. Só quem está no meio da nossa família e os amigos a nossa volta sabem a dor que a gente tá sentindo. Mas a passagem do meu irmão na terra não vai ser em vão, a gente vai fazer justiça por ele.
O crime teria sido motivado por um desentendimento entre a vítima e os suspeitos sobre um balde de bebida. Quando deixou a boate por volta de 4h30, o rapaz foi surpreendido pelos homens e agredido com socos e pontapés. Amigos dele tentaram intervir e também ficaram feridos. Um deles precisou de atendimento hospitalar. Fabiano conta que o irmão nunca se envolveu em discussões e era a pessoa “mais da paz do mundo”.
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— Ele não brigava com ninguém. Em 26 anos, eu nunca vi meu irmão triste, nervoso. Ele era cativante em todo lugar que ele ia, era sorridente. Foi uma brutalidade e a gente vai até o final para que haja justiça. É tanta coisa na minha cabeça que não sei se sinto desprezo ou raiva. Eles não são seres humanos, é uma covardia imensa o que fizeram e não vai ficar impune. Eu vou até o inferno para ter justiça pro meu irmão.
O pai do jovem ainda alertou as famílias a se manterem informadas sobre os locais que os filhos frequentam.
— Família é tudo na vida. Quando você tem amor ao seu filho, você cuida, tem carinho, afeto, respeito, envolve tudo isso. A gente tem que saber onde eles estão.