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Médico que integrava "Máfia de Órgãos" vai a júri popular pela morte de mais um paciente

José Luiz Gomes da Silva já responde pela retirada de órgãos do menino Paulo Pavesi

Minas Gerais|Do R7

Atendimento a Pavesi teria sido negligenciado
Atendimento a Pavesi teria sido negligenciado Atendimento a Pavesi teria sido negligenciado

O médico José Luiz Gomes da Silva, acusado de integrar a "Máfia dos Órgãos", vai a júri popular por mais uma morte ocorrida em Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais. Ele já responde pela retirada dos órgãos do menino Paulo Pavesi, crime pelo qual sentará no banco dos réus em outubro deste ano.

Segundo o TJMG, o neurocirurgião será julgado também por ter provocado a morte de Adeleus Lúcio Rozin, em abril de 2001, na Santa Casa da cidade. Durante a fase de instrução processual, foram ouvidas oito testemunhas, entre parentes da vítima e funcionários do hospital. Silva foi interrogado duas vezes, mas respondeu apenas às perguntas do advogado.

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Para o juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, da 1ª Vara Criminal e de Execuções Criminais de Poços de Caldas, há indícios suficientes da autoria do crime e da materialidade do delito de homicídio, com a qualificadora de ter sido cometido por motivo torpe.

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Conforme denúncia do Ministério Público, a vítima foi internada no dia 15 de abril de 2001, com traumatismo craniano. O aposentado, de 58 anos, morreu dois dias depois e teve os órgãos retirados. A perícia feita pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não comprovou a morte cerebral de Rozin, que teve rins, fígado e córneas retirados para transplante.

O magistrado concedeu ao acusado o direito de recorrer em liberdade, uma vez que o médico se encontra solto desde o início das investigações. Ainda não há data prevista para a realização do julgamento.

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Caso Pavesi

Além de José Luiz Gomes da Silva, o nefrologista Álvaro Ianhez, o anestesiologista Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e o intensivista José Luiz Bonfitto respondem pela retirada dos órgãos de Paulo Pavesi, que teria ocorrido ainda durante o tratamento do menino. O caso ganhou repercussão internacional e provocou o fechamento da central clandestina MG Sul Transplantes.

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Os profissionais seriam responsáveis pelo atendimento a Pavesi, que caiu durante uma brincadeira no prédio onde morava. De acordo com a denúncia, a criança teve o tratamento negligenciado para que a retirada dos órgãos fosse possível.

Em fevereiro de 2014, os médicos Sergio Poli Gaspar, Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes foram condenados, respectivamente, a 14, 17 e 18 anos de prisão pelo crime de remoção de órgãos de Paulo Pavesi, com o agravante de prática em pessoa viva, resultando em morte. Eles chegaram a ser presos, mas receberam habeas corpus e cumprem medidas cautelares, como a proibição de trabalhar na rede pública, enquanto aguardam recurso.

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