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MG: simulação para rompimento de barragem tem atraso

Aviso sonoro com volume baixo também marcou evento; segundo Defesa Civil, em caso de rompimento a lama chegaria à cidade em 1h12 minutos

Minas Gerais|

Treinamento ocorreu após reunião com moradores realizada durante a manhã
Treinamento ocorreu após reunião com moradores realizada durante a manhã Treinamento ocorreu após reunião com moradores realizada durante a manhã

A Defesa Civil de Minas Gerais realizou nesta segunda-feira (25) a primeira simulação da retirada de moradores de Barão de Cocais, onde uma barragem da mineradora Vale tem risco iminente de rompimento.

O treinamento ocorreu após uma reunião com moradores realizada durante a manhã, em que o coordenador-adjunto da Defesa Civil, Flávio Godinho, tentou orientar a população sobre boatos que correm a todo momento na cidade sobre a ruptura da estrutura.

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Godinho disse que, caso alguém recebesse esse tipo de mensagem deveria ir para a porta de casa e, se um veículo da Defesa Civil não passasse em cinco minutos, a mensagem não era verdadeira.

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A primeira passagem do carro da Defesa Civil, na região central de Barão de Cocais, anunciando o simulado ocorreu às 16h08. Às 16h02, carros das polícias civil e militar haviam passado pela região com sirenes ligadas.

A reportagem levou cinco minutos para chegar ao ponto de encontro mais próximo. São sete em toda a cidade. Ao longo do trajeto, agentes com coletes foram vistos. Ao perceberem moradores parados, pediam às pessoas que fossem ao ponto de encontro.

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Segundo informações da Defesa Civil, em caso de rompimento da barragem a lama chegaria à cidade em 1h12 minutos. Na mensagem transmitida por caixas de som no veículo da Defesa Civil, uma gravação em áudio dizia: "este é um simulado de rompimento de barragem. Paralise suas atividades e siga para o ponto de encontro".

No ponto de encontro, moradores receberam um formulário de registro e com perguntas: "Hoje você ouviu a sirene tocar ou a mensagem do carro de som?"; "Você teve dificuldade de chegar ao ponto de encontro?"; "Você viu as placas de sinalização das rotas de fuga?"

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Eny Soares, de 65 anos, aprovou a simulação. "É importante fazer isso. Para o povo entender. Tem gente que acha que não tem perigo", disse. Com dificuldade de locomoção, Raimunda Oliveira Soares, de 88 anos, também participou do simulado e disse que vai sair de casa, "mas só quando precisar".

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Questionado sobre o tempo da passagem do carro de som, Godinho disse que erros que possam ter ocorrido serão sanados. "Vamos reunir com a equipe agora para ver o que deu certo e o que deu errado. E o que deu errado, vamos falar com vocês (imprensa). Não vai ficar só com a gente, não", afirmou.

"O simulado é para isso mesmo. É para detectar qualquer coisa que não deu certo e para que possamos melhorar", disse o tenente-coronel. Godinho declarou ainda ter saído "motivado" do teste. "Se acontecesse algo, teríamos tempo de sobra para tirar as pessoas. Lógico, não tivemos a adesão de 100%, mas dentro do possível foram várias pessoas que aderiram".

O prefeito de Barão de Cocais, Décio Geraldo dos Santos (PV), reclamou do som dos alto-falantes dos carros da Defesa Civil. "Foi pouco audível" afirmou. Santos afirmou já ter avisado a Vale e a Defesa Civil sobre o volume baixo.

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