A PF (Polícia Federal) instaurou inquérito para investigar o ataque ao prédio em que a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, mora em Belo Horizonte. Na última sexta-feira (6), centenas de integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) protestaram contra a ministra em frente ao imóvel. Alguns teriam jogado tinta vermelha na fachada.
O condomínio fica na rua Dias Adorno, no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul da capital mineira. A presidente do STF estava em Brasília. Ninguém se feriu no ato.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, o inquérito foi instaurado e diligências são realizadas para apurar autoria e materialidade dos fatos.
Vizinhos do prédio relataram que quatro ônibus com integrantes do MST teriam parado em frente ao condomínio. Por uma rede social, o MST assumiu a autoria do ataque.
O vandalismo ocorreu um dia depois de o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, determinar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A presidente do STF proferiu o voto de minerva contra o pedido de habeas corpus preventivo ajuizado pela defesa do petista.
A votação no STF terminou em 6 a 5. Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá (SP). Segundo a sentença de Moro, o imóvel foi um presente da empreiteira OAS ao petista. Em contrapartida, a empresa conquistou contratos irregulares na Petrobras. O ex-presidente se entregou à PF no sábado à noite e começou a cumprir a pena numa cela especial da corporação em Curitiba (PR).