O policial civil e o pistoleiro acusados de matar o jornalista Rodrigo Neto, em Ipatinga, no Vale do Aço, vão a júri popular. A audiência ainda não tem data para acontecer e, até lá, o oficial Lúcio Lírio Leal e o pistoleiro Alessandro Neves Augusto, o "Pitote", continuam presos.
De acordo com o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), a sentença de pronúncia foi proferida pelo juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira, da 2ª Vara Criminal da comarca de Ipatinga, há oito dias semana. O magistrado concluiu que a materialidade dos fatos ficou provada no relatório de necropsia e há indícios suficientes de autoria das infrações penais, demonstrados pelos depoimentos e relatórios constantes do processo.
Segundo denúncia do Ministério Público, Leal e "Pitote" atiraram contra o jornalista acompanhados de terceiros não identificados. O órgão também concluiu que os homicídios foram realizados em ação típica de grupo de extermínio, do qual os acusados são integrantes, bem como em decorrência da função de jornalista criminal exercida por Neto.
O crime
O radialista Rodrigo Neto foi morto com cinco tiros na madrugada do dia 8 de março de 2013, em Ipatinga. Trinta e sete dias após a morte de Neto, o fotógrafo freelancer Walgney Assis Carvalho foi assassinado em um pesque-pague da mesma cidade.