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Dupla suspeita de participar da morte do jornalista Rodrigo Neto é presa no Vale do Aço

Investigador da polícia civil e um comparsa serão indiciados pela Polícia Civil

Minas Gerais|Enzo Menezes, do R7 MG

Repórter que denunciava grupos de extermínio foi assassinado em 8 de março
Repórter que denunciava grupos de extermínio foi assassinado em 8 de março

Dois homens foram apontados pela Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais como responsáveis pela morte do jornalista Rodrigo Neto, em Ipatinga, no Vale do Aço. Lúcio Lírio Leal, 22 anos, é investigador da polícia e foi preso nesta terça-feira (18).

O outro envolvido é Alessandro Augusto Neves, o Pilote, de 31 anos, que já havia sido condenado por tentativa de homicídio e foi preso na sexta-feira (14). Ele não tem profissão definida e seria conhecido de policiais em Coronel Fabriciano.

Alessandro foi preso com uma pistola calibre 380, o que também caracterizou o porte ilegal de arma. Ontem, foi expedido também o mandado de prisão temporária. A participação dos dois no crime e as circunstâncias ainda serão reveladas pela Polícia Civil.

Lúcio Leal entrou na polícia em 30 de junho de 2010, quando concluiu a formação na academia de polícia. Segundo a corregedoria, sempre atuou em delegacias de Ipatinga e região e nunca foi investigado por participação em crimes.


Outros oito policiais - seis civis e dois militares - foram presos durante as investigações por participação em uma série de crimes no Vale do Aço. Um médico-legista foi solto por ter comprovado inocência, enquanto os outros sete tiveram a prisão temporária renovada.

Crimes

O radialista Rodrigo Neto foi morto com cinco tiros no dia 8 de março, em Ipatinga. Trinta e sete dias após a morte de Neto, o fotógrafo freelancer Walgney Assis Carvalho foi assassinado em um pesque-pague da cidade.

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