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Seguranças denunciam racismo durante jogo do América, em BH

Caso ocorreu na última quarta-feira (8), na partida contra o Ceará; profissionais disseram que foram chamados de "macaco fedido"

Minas Gerais|Túlio Lopes e Arthur Santana*, da Record Tv Minas


Injúria racial aconteceu no Estádio Independência
Injúria racial aconteceu no Estádio Independência

Dois seguranças da Arena Independência denunciam que foram alvos de injúria racial, na última quarta-feira (8), durante o jogo entre América e Ceará, na 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. O suspeito, de 61 anos, fez comentários racistas contra as vítimas no interior do estádio.

Uma das vítimas, de 33 anos, informou à Polícia Militar que fazia uma ronda nos corredores quando o suspeito olhou para ele e o chamou de "macaco fedido".

No mesmo dia, outra vítima, uma mulher de 40 anos, foi ao banheiro quando o suspeito passou por ela, imitou um macaco, além de falar palavras de baixo calão. Ela, junto com outros funcionários, detiveram o homem até a chegada da polícia.

O segurança contou que, no dia 30 de abril deste ano, o mesmo suspeito tentou entrar no estádio com uma garrafa de metal e foi impedido. Quando se aproximou para dar apoio ao colega, o homem disse que "odiava essa raça", além de proferir outros xingamentos de cunho racista.


Para a polícia, o suspeito disse que comprava cerveja quando uma das vítimas o encarou e perguntou o que ele estava olhando. Ele disse, ainda, que no dia 30 de abril, o segurança quebrou o dedo dedo dele após uma confusão.

O América, por nota, repudiou a injúria e informou que está apurando a situação para tomar as medidas cabíveis. O clube acrescentou que está estudando formas de orientar os colaboradores, prestadores de serviço e torcedores do time a denunciar esse tipo de crime. 


Veja nota na íntegra:

O América Futebol Clube repudia qualquer ato de racismo ou injúria racial. Diante da denúncia de injúria racial ocorrida contra um profissional da área de segurança, no jogo contra o Ceará, na Arena Independência, o Clube vem apurando a situação desde que tomou conhecimento dos os fatos para tomar as medidas cabíveis e coibir atos discriminatórios e preservar a quem teria sofrido a injúria racial.


O Clube esclarece que o suspeito não faz parte do Programa Onda Verde. Se fosse, seria suspenso até o término do processo. Apesar dos trâmites legais, o América espera que, comprovada a injúria racial, punições exemplares sejam aplicadas por parte dos órgãos competentes. O Clube entende que a sensação de impunidade prejudica em muito as ações de combate ao racismo e demais preconceitos.

O América acrescenta que o posicionamento e combate a qualquer tipo de preconceito deve ir muito além do ambiente virtual. Por isso, o Clube está estudando formas de orientar e apoiar os colaboradores, prestadores de serviço e torcedores de como denunciar esses crimes e situações que, infelizmente, têm acontecido com frequência no futebol e no mundo.

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