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PSDB vai liberar filiados para acordos, sem declarar apoio a Lula

Eduardo Leite, que concorre ao governo do Rio Grande do Sul, teme evasão de votos com apoio declarado a petista.

Christina Lemos|Do R7


Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL): disputa pelo governo do RS faz tucanos adotarem cautela.
Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL): disputa pelo governo do RS faz tucanos adotarem cautela.

A posição majoritária no PSDB nacional, que reúne sua Executiva na tarde de hoje, é pela liberação dos filiados, “para que cada estado faça sua composição” – informa liderança dos tucanos em São Paulo. A posição busca minorar o abalo sofrido pelo partido, que saiu das urnas como “nanico”, com o menor número de vagas no Congresso desde a fundação da legenda e sem eleger nenhum governador no primeiro turno.

Pesou para esta decisão, que deve ser anunciada na tarde de hoje, a posição do candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O ex-governador alega que perderá “metade da base” se declarar apoio a Lula – embora reconheça que a aliança com o petista seja “preciosa”. A campanha do ex-presidente cogita apoiar Leite na disputa contra o ex-ministro de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (PL), que terminou o primeiro turno na dianteira, contrariando as pesquisas.

A liberação dos filiados permitirá não só acordos regionais, como manifestações individuais de apoio a qualquer dos concorrentes ao Planalto. No caso dos candidatos a governos estaduais, como Leite e Raquel Lyra, candidata do PSDB ao governo de Pernambuco, a posição de neutralidade da Executiva Nacional evita evasão de votos.

O PSDB teme também a reação da militância de Bolsonaro. “Essa polarização é muito preocupante. Se você não está com eles, está contra eles”, declara o ex-deputado José Aníbal, que não conseguiu se eleger para a Câmara, em alusão aos apoiadores de Bolsonaro. “Foi um grande erro não termos lançado candidato à presidência”, avalia.


Existe ainda a expectativa de que o governador de São Paulo Rodrigo Garcia, que não alcançou votos suficientes para se manter na disputa de segundo turno, faça uma declaração de apoio ao candidato do Republicanos, Rodrigo Garcia. A posição reforçaria o antipetismo no estado e ajudaria no apoio de prefeitos do estado ao candidato apoiado por Bolsonaro.

Divididos na questão, os tucanos ainda estão atordoados com o péssimo resultado nas urnas. Um de seus principais líderes regionais, Beto Richa, só conseguiu uma vaga de deputado federal na “repescagem”, após a candidatura do primeiro colocado e colega de partido, Jocelito Canto, ter sido impugnada pela Justiça.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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