O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou o Tribunal Superior Eleitoral durante breves comunicados na tribuna da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (20). Ele insinuou que o tribunal manipula o eleitorado, estimula algumas faixas etárias a votar e atrapalha outras. Além disso, sem citar nomes, disse que ministros agem por motivações político-partidárias.
O parlamentar começou citando "um vídeo que viralizou" que mostra uma idosa supostamente descobrindo que teve o título de eleitor cancelado. Em 25 de março, o tribunal esclareceu que a gravação – que já circulava nas redes – é falsa e que a Justiça Eleitoral não cancela o título de maiores de 70 anos. Eduardo Bolsonaro não citou esse fato em seu discurso.
"O que está ficando no ar é uma desconfiança generalizada de que pessoas acima dos 70 anos, quando o voto é facultativo, estariam tendo os seus títulos anulados. E aí eu volto a perguntar: por qual motivo? Vou entrar com instrumento jurídico para esclarecer isso. Agora veja que o TSE faz propaganda na internet para, mais que criticar, para torcer contra o presidente Bolsonaro, veja que o cenário que vai se desenhando é de muita desconfiança."
No discurso, o parlamentar também acusou ministros da Corte, sem citar nomes, de agir por motivações político-partidárias.
"A população brasileira está sentindo que o presidente Bolsonaro está sendo considerado como inimigo do TSE. Parece que é real. Quando já se viu um ministro do STF, do TSE, esse tipo de pessoa fazendo evento com deputado federal. Não adianta depois falar que é apartidário, quando sabemos que é partidário. Isso não é saudável para a democracia, para a eleição. E depois não adianta falar em Estado democrático de Direito."
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Eduardo Bolsonaro insinuou ainda que a Corte Eleitoral estaria tentando estimular os jovens a votar devido ao perfil desses eleitores. "O TSE tentando arregimentar jovens, quando esses votos seriam mais fáceis para a esquerda enganar esse segmento da população, cancelando títulos dos mais idosos, que, via de regra, tendem a ser mais conservadores. Meu recado vai novamente para o TSE, para os ministros, não todos, dois ou três, lerem novamente a Constituição e se aterem às suas atribuições."