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Acusado de matar cinegrafista deve recorrer de decisão que o submete a júri popular

Advogado de Caio Silva de Souza afirma que os dois acusados deveriam responder em liberdade

Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil

Santiago morreu após ser atingido por rojão
Santiago morreu após ser atingido por rojão Santiago morreu após ser atingido por rojão

O advogado de Caio Silva de Souza deve entrar com recurso na Justiça contra a decisão do juiz Murilo Kieling, titular da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, de levá-lo a júri popular. Caio Silva e Fabio Raposo Barbosa são acusados de envolvimento na morte do cinegrafista Santiago Ilídio de Andrade, atingido por um rojão durante uma manifestação em fevereiro deste ano, em frente à Central do Brasil, no centro do Rio.

Antônio Pedro Melchior, advogado de Caio, diz que a defesa não vê surpresa na decisão judicial, mas, com as provas da primeira fase, poderiam retirar o julgamento do Tribunal do Juri, alegando que os dois acusados já deveriam estar respondendo pelo crime em liberdade.

— Ainda estou analisando a possibilidade de entrar com recurso contra essa decisão, tendo em vista a existência de provas contundentes, simuladas e produzidas nessa primeira fase, que apontam para absoluta inexistência de dolo eventual, o que retiraria o julgamento do Tribunal do Juri —, relatou.

Já o advogado Wallace Martins, que defende Fábio Raposo, ainda não sabe se vai recorrer da decisão.

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— Se o meu cliente tivesse solto, certamente eu recorreria, mas se eu recorrer agora vai demorar no mínimo um ano para ele ser julgado pelo júri. Eu acho melhor conversar com o cliente. O Antônio Pedro já deve ter conversado com o cliente dele, eu ainda não conversei com o meu, para saber se vou recorrer ou não —, disse o advogado.

A medida também mantém os jovens presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. A data do júri ainda não foi marcada, pois cabem recursos da defesa.

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Melchior disse ainda que caberia uma outra decisão, que seria a desclassificação para uma das varas criminais comuns, para que se pudesse averiguar ou não a responsabilidade no caso de um crime culposo. Segundo Melchior, é preciso que seja revista a prisão de Caio Silva e de Fábio Raposo.

Segundo a denúncia, Caio e Fábio colocaram o rojão de vara no chão, perto de um canteiro próximo a grande número de pessoas, e o acenderam. O artefato atingiu o cinegrafista, que sofreu fratura do crânio com hemorragia intracraniana e laceração encefálica, que foram a causa da morte, quatro dias após o acidente, no dia 10 de fevereiro. Os jovens respondem por homicídio triplamente qualificado, motivo torpe, com uso de explosivo e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima.

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