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Anestesista preso por estupro deu nome falso ao atender possível vítima, segundo advogado

Defensor afirma que paciente também foi abusada por Giovanni Quintella Bezerra e só viu o bebê seis horas após dar à luz

Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*, com Vívian Casanova, da Record TV Rio


Médico foi denunciado pelo MP-RJ
Médico foi denunciado pelo MP-RJ

O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso pelo estupro de uma mulher grávida em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, teria dado um nome falso ao atender outra paciente que pode ter sido vítima de abusos no Hospital da Mulher, segundo o advogado Joabs Sobrinho.

O representante da defesa afirmou que a mulher, a primeira a ser atendida no último domingo (10), foi a responsável por levantar a suspeita das enfermeiras que, mais tarde, gravaram o médico estuprando uma paciente.

Sobrinho disse que Giovanni se apresentou como Yago à grávida e que, além de ter conversado com ela sobre uma de suas tatuagens para testar seu nível de consciência, insistiu para inserir um cateter na parte genital da paciente, o que costuma ser feito por um profissional da enfermagem.

O advogado declarou que a cliente, que prestou depoimento nesta quinta (14) à Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), também foi sedada até ficar inconsciente e abusada pelo anestesista.


"A equipe, muito incomodada, percebeu que ela estava sendo violentada e nada fez para impedir. Viram que ele estava com uma ereção, fazendo movimentos atrás da cortina, sem deixar ninguém ficar do lado", disse Sobrinho.

Ele criticou o fato de a equipe não ter denunciado o caso mesmo sem o flagrante em vídeo.


"Mais duas vítimas tiveram essa situação porque eles queriam uma prova contundente. Não precisava. Sabemos que, em crime de esturpo de vulnerável, a palavra da vítima, quando possível, ou de alguém na guarda de cautela já era o suficiente", explicou.

Após dar à luz, a paciente teria, ainda, demorado seis horas para ver o bebê, devido ao excesso de sedativos usados no procedimento, de acordo com o defensor. Ele afirmou que a mulher espera ser encaminhada a outro hospital para ser orientada quanto à necessidade de tomar medicação anti-HIV.


Giovanni foi denunciado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por estupro de vulnerável nesta sexta (15). A Polícia Civil pediu os prontuários de ao menos 30 mulheres que foram atendidas por ele em vários hospitais do estado.

Procurada pelo R7, a Secretaria Estadual de Saúde informou que segue com uma sindicância aberta para apurar as denúncias. 

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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