O motorista do ônibus envolvido no acidente que deixou cinco mortos no domingo (11) na linha Amarela negou à polícia ter cochilado enquando dirigia. Testemunhas dizem, contudo, que o condutor Domingos Basileu Camelo pegou no sono no volante. Ele ainda negou que estivesse am alta velocidade, além de alegar que, no momento do acidente, se assustou com uma moto e sofreu um "apagão".
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O acidente ocorreu por volta das 12h, na Linha Amarela, pista sentido Barra da Tijuca, na altura do bairro da Freguesia, quando o ônibus bateu na parede de um túnel.
Investigadores já analisam o vídeo das câmeras de segurança do veículo. Testemunhas disseram que o condutor teria cochilado até três vezes durante o trajeto. As imagens — do coletivo e da linha Amarela — serão determinantes para saber o que aconteceu.
A polícia trabalha com duas hipóteses: falha mecânica e imprudência do motorista. As condições da linha Amarela também serão verificadas. Além da perícia de local, foi realizada hoje um exame complementar, chamado perícia de engenharia.
Por enquanto, o caso foi registrado como cinco homicídios culposos (sem intenção) e 35 lesões corporais culposas. Testemunhas que tiveram alta compareceram à DP do Tanque para prestar depoimento nesta segunda. Na terça (15), são esperadas novas testemunhas.
Além de conduzir o veículo, ele fazia a função de cobrador. Basileu Camelo, que trabalhava na viação Redentor havia seis meses, era caminhoneiro. No dia do acidente, o motorista não havia dobrado a carga horária e vinha de uma folga. Ele começou a trabalhar às 4h20 de domingo e fazia a última viagem do coletivo antes de devolvê-lo.
A polícia ainda deve requisitar exames (toxicológico e de alcolomia) ao hospital que o socorreu para saber se o condutor ingeriu algo que possa ter influenciado no acidente. O motorista deve refazer os exames.
Vítimas falam sobre acidente. Assista à reportagem: