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Cabral confirma pagamento de 2 mi dólares para Rio sediar Olimpíada

Em depoimento ao juiz federal Marcelo Bretas, ex-governador do Rio afirmou que esquema foi proposto pelo ex-presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman 

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira e Karolaine Silva, do R7, com Record TV Rio

Sérgio Cabral é ouvido pelo juiz federal Bretas
Sérgio Cabral é ouvido pelo juiz federal Bretas Sérgio Cabral é ouvido pelo juiz federal Bretas

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral confirmou, nesta quinta-feira (4), em depoimento ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, o pagamento de 2 milhões de dólares para compra de votos na escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016

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Segundo Cabral, o esquema foi proposto pelo ex-presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) Carlos Arthur Nuzman durante a campanha do Rio, em 2009, para sediar os Jogos.

O ex-governador disse também que Nuzman foi o responsável por intermediar a negociação com o presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Lamine Diack

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Cabral admitiu ainda ter procurado o empresário Arthur Soares Filho, conhecido Rei Arthur, para viabilizar o dinheiro da propina. Ainda de acordo com ele, outros políticos sabiam do esquema, como o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes e o ex-presidente Lula, mas não participaram da compra de votos. 

O interrogatório de hoje foi um pedido da defesa do ex-governador e ocorreu no âmbito da Operação Unfairplay (Jogo Sujo), desdobramento da Lava Jato. Deflagrada em 2017, a ação, que chegou a prender Nuzman, apurou irregularidades na escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos 2016.

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Em nota, o advogado de Nuzman, João Francisco Neto, afirmou que Sergio Cabral esvaziou a denúncia ao dizer que o cliente dele "não integrou sua organização criminosa, jamais recebeu vantagem indevida e nunca esteve envolvido com esquemas em obras públicas".

Já assessoria de Eduardo Paes negou que o ex-prefeito do Rio tenha conhecimento da negociação para compra de votos. 

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