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Caso Patrícia Amieiro: Justiça determina que Estado indenize a família por danos morais

Corpo da engenheira não foi encontrado após acidente em 2008; PMs são acusados

Rio de Janeiro|Do R7

Corpo de Patrícia Amieiro está desaparecido desde 2008
Corpo de Patrícia Amieiro está desaparecido desde 2008 Corpo de Patrícia Amieiro está desaparecido desde 2008

O Estado do Rio de Janeiro foi condenado a pagar R$ 780 mil por danos morais à família da engenheira Patrícia Amieiro, desaparecida em 2008. Na ocasião, o carro de Patrícia foi encontrado no canal de Marapendi, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, com marcas de tiros. O corpo da vítima não estava no local e, até hoje, não foi encontrado. Quatro policiais militares são acusados de envolvimento no crime.

A decisão do juiz Ricardo Coimbra da Silva Starling Barcellos, da 10ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro, contempla os pais de Patrícia com R$ 250 mil cada, os dois irmãos com R$ 100 mil cada e o avô com R$ 80 mil. Na sentença, o magistrado afirma que “a responsabilidade do Estado está configurada”.

Patrícia voltava de uma festa na Urca, zona sul do Rio, e teria acelerado ao ver uma blitz policial na saída do túnel Zuzu Angel, que liga a zona sul à zona oeste. O juiz Ricardo Starling Barcellos justifica que "aquele que acelera diante de uma blitz, por volta das 5h30 da manhã, aumenta a probabilidade de uma ação policial mais enérgica", portanto, "o valor da indenização deve ser ligeiramente inferior ao que se aplicaria em circunstâncias normais de velocidade diante de uma blitz".

Nas investigações do crime, ficou comprovado que projéteis encontrados no veículo da vítima partiram de armas com os mesmos calibres que as utilizadas pela Polícia Militar. Em maio deste ano, a Justiça determinou que os PMs vão a júri popular. Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Willian Luís do Nascimento, Fabio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos vão responder por tentativa de homicídio qualificado. O julgamento não tem data marcada.

Segundo a denúncia do Ministério Público, em dia 14 de julho de 2008, Marcos e William teriam efetuado disparos de arma de fogo contra o carro de Patrícia. Sem direção, o carro colidiu em dois postes e em um muro. Ainda segundo a denúncia, após a colisão do veículo, o corpo da engenheira foi retirado do local. Os quatro réus teriam, então, jogado o veículo da ribanceira, de forma a forjar a cena do crime para induzir os peritos a erro.

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