O contêiner da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Complexo do Alemão foi retirado no sábado (4). De acordo com a coordenadoria, será montado um ponto de fortificação no lugar, localizado na rua Canitar, assim como na sede administrativa da UPP Nova Brasília. A implementação de outros pontos e a instalação de cabines blindadas também estão sendo avaliadas.
A base foi depredada na quinta-feira (2). Janelas e portas foram quebradas. Uma montanha de lixo também foi incendiada.
Nesta segunda-feira (6), o policiamento na região foi reforçado por 270 agentes dos batalhões de Choque e do Bope (Batalhão de Operações Especiais). Na semana passada, quatro pessoas morreram em dois dias.
Onda de violência
Na última quinta-feira (2), um menino de apenas dez anos morreu com um tiro na cabeça durante à tarde, no Alemão. A Polícia Civil investiga as circunstâncias em Eduardo de Jesus Ferreira foi baleado. De acordo com a família, ele estava sentado na porta de casa brincando em um celular quando foi atingido. A mãe do garoto ainda acusou os policiais de ameaçarem-na de morte.
Na quarta-feira (1º), três pessoas morreram na comunidade. Um rapaz de 18 anos foi baleado em um beco na rua Canitar. Segundo familiares, os agentes teriam efetuado o disparo e impediram que ele fosse socorrido, afastando-os com spray de pimenta e bombas de gás.
No mesmo dia, uma mulher foi atingida dentro da própria casa. Elizabeth Alves, de 41 anos, chegou a ser encaminhada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Em outro ponto do Alemão, Rodrigo dos Santos, o Farinha, morreu. A polícia informou que ele estava com uma arma na mão.
Na sexta (3), um protesto terminou em confusão na comunidade. Os moradores reivindicavam paz no Alemão e, inicialmente, a manifestação seguia de forma pacífica. Entretanto, PMs atiraram bombas de gás lacrimogênio para dispersar o grupo.