Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Defensoria pede afastamento e suspensão de porte de arma de policial acusado de torturar jovem por homofobia

Andrei Apolônio prestou depoimento e disse que foi espancado dentro de delegacia

Rio de Janeiro|Do R7

Andrei fez exame de corpo de delito no IML
Andrei fez exame de corpo de delito no IML Andrei fez exame de corpo de delito no IML

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro pediu o afastamento e a suspensão do porte de arma do policial denunciado por agredir um estudante por homofobia. O pedido foi entregue à Corregedoria de Polícia Civil pelo Nudiversis (Núcleo da Diversidade Sexual e Direitos Homoafetivos da Defensoria). O documento também foi entregue ao MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) para que seja acompanhado por eles.

Segundo a coordenadora do Nudiversis, Lívia Casseres, o pedido foi feito porque o jovem ainda corre riscos.

— Ainda existe risco à integridade da vítima e à efetividade das investigações. Além disso, a gravidade dos atos de tortura dos quais o policial é acusado justifica que seja afastado de suas funções, de maneira cautelar, e que tenha o porte de arma suspenso.

Assistido pelo Nudiversis, Andrei Apolônio, de 23 anos, disse em depoimento na Corregedoria, na quarta-feira (19), que passou por uma “sessão de tortura física e psicológica” ao tentar registrar o furto do seu celular na delegacia de Itaipu (81ª DP), em Niterói, região metropolitana do Rio.

Publicidade

De acordo com o depoimento, o caso aconteceu na madrugada do último dia 13 e as agressões foram motivadas por homofobia, já que o policial teria se irritado com o “estilo de ser” do jovem e também por ter sido procurado por ele na delegacia por volta das 4h da manhã. Vindo de uma comemoração com amigos da faculdade, o estudante contou que voltava para casa de ônibus quando sentiu falta do celular e por isso decidiu procurar a unidade para o registro imediato da ocorrência.

Já no local, Andrei disse que precisou bater na porta e que foi atendido de forma ríspida, sendo conduzido para o interior da Delegacia. Em vez de ter sua ocorrência registrada, o jovem conta que levou tapas no rosto de um dos agentes enquanto outro, também de plantão, presenciou tudo e nada fez para impedir as agressões. O estudante relatou ainda que tentou fugir, mas foi alcançado no estacionamento e agredido ainda mais. De acordo com o depoimento, o mesmo policial apontado como o autor das agressões foi quem levou o jovem para o hospital.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.