Garis em greve fizeram uma passeata no centro do Rio na manhã desta segunda-feira (16). Representantes dos grevistas participariam de uma reunião no Ministério Público do Trabalho para definir os rumos movimento, que contou também com representantes do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro. A Comlurb informou que não participou do encontro porque a reunião não é oficial. Segundo o Centro de Operações, por volta das 11h, uma faixa da pista central da avenida Presidente Vargas estava ocupada no sentido Praça da Bandeira, mas o órgão não informou se era devido a manifestação.
De acordo com a Comlurb, funcionários que querem trabalhar estão sofrendo represália em algumas gerências da empresa. estão acontecendo piquetes em alguns postos, estações de metrô e locais de saída de caminhões. No fim de semana, os garis que resolveram trabalhar estavam sendo escoltados.
Segundo a Comlurb, desde o início da paralisação, foram registradas denúncias de violência contra funcionários que não aderiram ao movimento. Em nota, a companhia informou que a decisão do TRT de manter 75% do efetivo não está sendo cumprida.
A greve dos garis teve início na sexta-feira (13), e desde então, pontos da cidade têm sofrido com acumulo de lixo e falta de coleta. De acordo com a companhia, a prefeitura está reforçando o plano de contingência implantado para minimizar os impactos da greve.
Na tarde de sexta-feira, a Justiça do Trabalho concedeu liminar declarando a greve ilegal e determinando o retorno imediato ao trabalho. Como a decisão judicial não foi cumprida, o sindicato que lidera o movimento está sendo multado desde sexta.
A categoria reivindica aumento de 40% no piso salarial e mais a inflação acumulada no ano, além de aumento no vale-refeição de R$ 20 para R$ 27 por dia. Segundo a Comlurb, em 2014 os profissionais ganharam 44% de aumento em remuneração de benefícios.