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Empresa responsável por ciclovia multiplicou contratos com a prefeitura na gestão de Eduardo Paes

Empreiteira pertence à família do secretário de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello

Rio de Janeiro|Do R7, com Rede Record

Ciclovia que desabou custou R$ 45 milhões aos cofres públicos
Ciclovia que desabou custou R$ 45 milhões aos cofres públicos Ciclovia que desabou custou R$ 45 milhões aos cofres públicos

Desde 2009, o grupo Concremat, responsável pela construção da ciclovia da avenida Niemeyer, multiplicou por 18 o valor dos contratos com a Prefeitura do Rio e recebeu mais R$ 450 milhões. Durante a gestão do prefeito Eduardo Paes, o grupo participou de 54 obras, entre elas, a do Parque Olímpico e a duplicação da Estrada do Joá. 

A empreiteira Concremat pertence à família do secretário Municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello. A empresa foi fundada pelo avô do secretário e mantém parceira estreia com o PMDB, partido do prefeito Eduardo Paes. Ela doou R$ 1 milhão para a campanha do governador Luis Fernando Pezão. 

Durante uma entrevista coletiva, na noite de sexta-feira (22), o prefeito afirmou que não vê "conflito ético" na relação, já que as empresas são conhecidas no mercado e participam dos processos de licitação. 

Responsável por obra foi trocado dois meses antes da inauguração de ciclovia

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Orçamento

A ciclovia de quase 4 km tinha um orçamento de R$ 35 milhões. Depois de seis meses de atraso e oito aditivos no contrato, passou a custar R$ 45 milhões. A obra foi entregue em janeiro deste ano. 

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Após o acidente, a Secretaria Municipal de Obras do Rio informou que vai suspender o pagamento de R$ 4,47 milhões ao consórcio responsável pela construção da ciclovia. 

Em nota, a prefeitura confirmou que a obra está em fase de aceite provisório - 180 dias após a entrega - e o saldo ficará retido até que as investigações sobre as causas do acidente sejam finalizadas.

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O acidente

A ciclovia Tim Maia foi construída às margens da avenida Niemeyer. Com a forte ressaca do mar, uma forte onda atingiu a ciclovia e um trecho da plataforma acabou desabando. O acidente aconteceu na última quinta-feira (21) e deixou ao menos dois mortos.

A Polícia Civil abriu inquérito por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) para apurar o acidente. Técnicos do IECC (Instituto de Criminalística Carlos Eboli) estiveram no local do acidente e já realizaram uma perícia. Os investigadores também solicitaram documentos às empresas responsáveis pela obra e começaram a ouvir testumunhas.

A Prefeitura do Rio também anunciou a contratação da Coppe/UFRJ e do INPH (Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias) para fazer uma perícia independente que vai apontar as causas e indentificar os responsáveis pela tragédia. O laudo deve ficar pronto em um mês.

Já o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) fez uma vistoria no local com o objetivo de investigar paralelamente o caso.

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