Duas bibliotecas do Rio de Janeiro fecham as portas a partir desta quarta-feira (25) em razão da falta de repasses de verba do governo estadual. Segundo comunicado, a Biblioteca Parque Estadual e Biblioteca Pública de Niterói terão os serviços suspensos temporariamente.
"Esperamos retomar as atividades em breve, assim que a situação for regularizada", informa a Biblioteca Parque Estadual, espaço da Secretaria de Estado de Cultura gerida pelo IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão).
O informe da Biblioteca Parque Estadual, que fica na avenida Presidente Vargas, diz ainda que as bibliotecas públicas de Manguinhos (zona norte) e da Rocinha (zona sul) terão funcionamento reduzido, de terça a sexta-feira, das 12h às 18h.
Cerca de 150 funcionários das quatro bibliotecas, que não receberão os salários de novembro, assinaram nesta semana aviso prévio. O governo do Estado informou a eles que não consegue retomar os repasses antes da primeira quinzena de dezembro. Caso a verba não retome até meados do mês que vem, os funcionários serão desligados, segundo fontes informaram ao R7.
Uerj em crise
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse nesta terça-feira que pretende normalizar o pagamento de terceirizados e alunos residentes da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) na primeira semana de dezembro. Ontem, a Uerj anunciou a suspensão das aulas, até o dia 30 de novembro, por considerar que a instituição "encontra-se em situação de insalubridade por conta da descontinuidade dos serviços terceirizados", que afetam funcionários de segurança e da limpeza dos campi.
Segundo o governador, a suspensão dos pagamentos foi tomada para garantir o salário dos servidores, aposentados e pensionistas do Estado nos primeiros dias úteis de dezembro.
— Depois, eu vou acertar [as dívidas], durante o mês —, disse ao chegar para reunião no Comitê Olímpico, no centro do Rio.
Pezão confirmou déficit de R$ 2,5 bilhões nas contas e disse que negocia com Brasília uma solução para cobrir os gastos. Outras medidas passam por negociações com "grandes devedores" do Estado, que ele preferiu não nomear.
Bolsas de assistência e dos residentes de medicina no Hospital Universitário Pedro Ernesto também atrasadas. Nesta terça, os residentes do hospital decidiram paralisar as atividades e mantiveram apenas 30% do corpo médico em serviço. Em protesto contra os atrasos, o grupo de residentes decidiu cruzar os braços até ter um “calendário de pagamentos que dê a eles estabilidade”.