Representantes da Agetransp (Agência Reguladora dos Transportes do Rio), da SuperVia e o secretário estadual de Transportes, Carlos Osório, se reúnem nesta quarta-feira (7) com a coordenadora do Nudecon (Núcleo de Defesa do Consumidor) da Defensoria Pública do Rio, a defensora Patrícia Cardoso. O objetivo do encontro é fazer um acordo para que as vítimas da colisão entre dois trens na Baixada Fluminense sejam indenizadas.
Na terça-feira (6), Patrícia esteve no Hospital da Posse, para onde foram levadas a maioria das vítimas, e se reuniu com o diretor da unidade, representantes da SuperVia e Osório, e apuraram as condições no atendimento das vítimas do acidente. Após conversarem com os pacientes, o grupo começou a discutir as indenizações que as vítimas podem receber.
Um procedimento investigatório foi instaurado para apurar as causas do acidente e buscar indenizações e compensações para as vítimas do acidente. Segundo a defensoria, foram pedidos detalhes sobre o quadro dos pacientes, e documentos devem ser reunidos para embasar o procedimento investigatório.
Segundo Patrícia Cardoso, a defensoria quer buscar uma solução extrajudicial para evitar que as pessoas afetadas pelo acidente tenham que recorrer à Justiça.
A Defensoria Pública informou que vai encaminhar ofício ao Corpo de Bombeiros e aos hospitais públicos que receberam feridos, para que possa ser feita uma lista prévia dos feridos. De acordo com a defensoria, as vítimas devem guardar qualquer comprovante que ateste o envolvimento com o choque de trens, como boletins de atendimento médicos. A recomendação para quem teve pertences roubados após o acidente deve registrar queixa na delegacia de Mesquita (53ª DP), que investiga o caso.
Entenda o caso
Na noite de segunda-feira (5), duas composições da SuperVia se acidentaram na estação Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Na colisão, 229 passageiros ficaram feridos. Cinco vítimas ainda permanecem internadas no Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, e quatro destes tiveram fraturas nos braços ou pernas e devem se submeter à cirurgia. Todos apresentam estado de saúde estável.
O acidente foi registrado na Delegacia de Mesquita (53ª DP) e a polícia instaurou um inquérito para apurar crime de lesão corporal na batida. Além disso, muitos passageiros procuraram a delegacia para registrar queixa de furto.
Algumas vítimas relataram que houve um arrastão na estação após a colisão entre trens. Segundo os passageiros, criminosos invadiram a plataforma para saquear os feridos.