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Inquérito sobre morte de fotógrafo que teve socorro negado em hospital é concluído; 10 são indiciados

Presidente do Instituto Nacional do Coração está entre os indiciados

Rio de Janeiro|Do R7

Marigo era fotógrafo especializado em imagens da natureza
Marigo era fotógrafo especializado em imagens da natureza Marigo era fotógrafo especializado em imagens da natureza

A Polícia do Rio concluiu o inquérito que apura a morte do fotógrafo Luiz Cláudio Marigo, de 63 anos. O INC (Instituto Nacional da Cardiologia), em Laranjeiras, zona sul da capital, negou socorro a Marigo, que teve um ataque cardíaco dentro de um ônibus.

Ainda nesta segunda-feira (14), será entregue ao MP (Ministério Público) o inquérito que indicia, por homicídio doloso, o presidente do INC e nove funcionários do hospital, entre eles médicos, vigilantes e recepcionistas.

No dia 2 de junho, Marigo tinha ido correr pela orla e tomou o ônibus para voltar para casa, em Laranjeiras. Como o fotógrafo começou a passar mal, o motorista do coletivo decidiu mudar o itinerário e levá-lo ao hospital mais próximo, o INC, no mesmo bairro.

Para agilizar o atendimento e não interromper o trânsito, o motorista parou o coletivo sobre a calçada, atraindo a atenção dos pedestres. Passageiros alertaram funcionários do INC sobre o caso, mas nenhum médico apareceu para atender o fotógrafo. Funcionários do INC recomendaram que fosse chamado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

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Uma ambulância chegou ao INC e um médico que estava no veículo tentou socorrer o fotógrafo, que sofria um enfarte e recebeu massagem cardíaca. Em seguida uma equipe do Samu chegou e assumiu o atendimento, mas Marigo morreu minutos depois, dentro do ônibus.

O fotógrafo era especializado em imagens da natureza e é o autor de fotos publicadas em fichas que acompanhavam o chocolate Surpresa.

Na época, o INC afirmou por meio de nota que "uma senhora chegou à recepção do hospital pedindo atendimento a um cidadão que 'estava passando mal na rua'. Por não ter sido dimensionada a gravidade do caso, o segurança a orientou a chamar o serviço de emergência móvel - já que o INC não conta com uma unidade de emergência. (...) Assim que tomou conhecimento, uma equipe médica do INC seguiu para o ônibus para prestar o atendimento e lá ficou à disposição. Paralelo a isso, foi disponibilizado um leito no CTI do hospital para recepção do cidadão em caso de sucesso da reanimação". Segundo a nota, "não foi realizada a remoção imediata da vítima para o INC pois, de acordo com o protocolo de reanimação cardíaca, não é recomendável a mobilização do paciente".

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