A Polícia Civil investiga se houve omissão de socorro ao fotógrafo Luiz Cláudio Marigo, de 63 anos, que morreu na tarde de segunda-feira (2) depois de passar mal dentro de um ônibus, em Laranjeiras, na zona sul, em frente ao INC (Instituto Nacional de Cardiologia).
Segundo testemunhas, o cobrador do coletivo avisou ao motorista que o homem estava desmaiado. Imediatamente, o motorista seguiu para o INC, já que seria a unidade de saúde mais próxima. No entanto, de acordo com testemunhas, o socorro teria sido negado devido à falta de emergência no hospital, que também está em greve.
Passageiros do ônibus em que o fotógrafo estava também acionaram o Corpo de Bombeiros, que teria demorado a chegar. Equipes do Corpo de Bombeiros tentaram reanimar o homem, mas ele não resistiu e morreu dentro do coletivo.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que a coordenação médica da corporação foi acionada às 11h39 de segunda. Uma ambulância do Humaitá foi despachada e chegou ao local do socorro 20 minutos depois. Ainda segundo a nota, os militares realizaram os procedimentos para salvar a vítima por cerca de 50 minutos.
O INC (Instituto Nacional de Cardiologia) informou, por meio de nota, que assim que a equipe médica teve ciência do problema, se dirigiu à frente do hospital e, apesar de não estar credenciado a atender emergências, o instituto colocou à disposição uma equipe de médicos e um leito para atendimento. O homem não pôde ser retirado do ônibus, pois o movimento dificultaria a reanimação.
De acordo com informações da delegacia de Botafogo (10ª DP), foi realizada perícia no local. O motorista e o cobrador do ônibus foram ouvidos e outras duas testemunhas serão intimadas a depor. Ainda segundo os agentes, caso haja indícios de omissão de socorro, será apurada a responsabilidade. Deve sair em 30 dias o resultado do laudo da necropsia que apontará as causas da morte do fotógrafo.
O corpo de Luiz Cláudio será enterrado às 16h desta terça-feira (3), no cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul.
Assista ao vídeo: