A Justiça do Rio determinou que a defesa do governador afastado Wilson Witzel e a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) tenham acesso a todos os depoimentos do processo de impeachment de Witzel, além das provas anexadas e os depoimentos de Edmar Santos e Edson Torres.
O desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira deu o prazo de 10 dias, a contar da próxima segunda-feira (15), para que Witzel e a Alerj apresentem eventuais testemunhas a serem ouvidas pelo TEM (Tribunal Especial Misto).
Após o agendamento da nova sessão do TEM, o ex-secretário de Saúde Edmar Santos vai prestar um novo depoimento, já que o teor de sua delação premiada estava em sigilo até a aceitação da denúncia pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Procurada, a defesa do governador afastado não respondeu ao contato do R7.
Em uma sessão realizada no dia 13 de janeiro, o TEM (Tribunal Especial Misto) negou recurso de Witzel e manteve a suspensão dos prazos do processo e de seu afastamento do cargo até que ele seja interrogado, o que ainda não aconteceu por força de liminar concedida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que atendeu a pedido feito pela defesa.
O depoimento estava previsto para 28 de dezembro do ano passado e foi suspenso a pedido dos advogados do governador afastado.
Witzel
Wilson Witzel é investigado por crime de responsabilidade e foi afastado do cargo no dia 28 de agosto por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele é suspeito de desvios na área da saúde.
Witzel se manifestou nas redes sociais e declarou que está sendo acusado, sem provas, a partir de "uma denúncia frágil feita por criminosos confessos". O governador afastado afirmou ainda que está sendo submetido a um "linchamento moral e político".
*Sob supervisão Raphael Hakime