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MPRJ denuncia empresas de Picciani por lavagem de dinheiro de propina

Segundo o ex-presidente do TCE-RJ Jonas Lopes, que também foi acusado pelo MPRJ, esquema consistia na compra e venda de gado a preços subfaturados

Rio de Janeiro|Thaís Silveira, do R7*

Ex-presidente da Alerj está preso desde novembro de 2017
Ex-presidente da Alerj está preso desde novembro de 2017 Ex-presidente da Alerj está preso desde novembro de 2017

O MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), por meio do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), denunciou as empresas Agrobilara e Agrocopa por atos contra a administração pública e de improbidade administrativa. Segundo a denúncia, as companhias eram usadas para lavagem de dinheiro de propina.

A ação também acusa os controladores das organizações, o ex-presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) Jorge Picciani, o filho dele, Felipe Picciani, o sócio André Gustavo Monteiro e o ex-presidente do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), Jonas Lopes de Carvalho, que atuou como colaborador do MPRJ. 

O esquema consistia na compra e venda de gado a preços subfaturados, em 2014 e 2015, com o objetivo de camuflar parte da crescimento desproporcional do patrimônio de Jonas Lopes às receitas obtidas legalmente. Ainda segundo a ação, o dinheiro utilizado nas operações de gado é fruto de propinas de diversas fontes que ele recebeu ao longo dos anos como conselheiro e presidente do TCE-RJ.

Jonas Lopes diz que Picciani era elo com empresários de transporte

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O MPRJ também pediu à Justiça, em caráter liminar, o afastamento dos denunciados de funções públicas e o bloqueio de um total de R$ 10 milhões em bens, entre R$ 2,1 milhões da Agrobilara, R$ 1,2 milhões da Agrocopa, R$ 4 milhões de Jorge Picciani, R$ 2,28 milhões de Felipe Picciani e R$ 780 mil de André Monteiro.

Esquema

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Em depoimento ao MPRJ, Jonas Lopes afirmou ter adquirido R$ 600 mil em cabeças de gado da empresa Agrobilara em setembro de 2014, porém, a nota fiscal do negócio foi emitida com o valor de apenas R$ 100 mil. Os outros R$ 500 mil foram pagos em dinheiro, entregues a alguns dos acusados na sede do TCE e na casa do ex-presidente do órgão. Uma negociação semelhante foi feita com a Agrocopa entre agosto e dezembro de 2015. 

Lopes, Jorge e Felipe Picciani já haviam sido denunciados criminalmente pelo MPF (Ministério Público Federal) no final de 2017. Jorge Picciani e o filho foram presos em novembro do ano passado pela Operação Cadeia Velha, um desdobramento da Lava Jato que investigou práticas criminosas no setor de transportes públicos.

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A defesa do ex-presidente da Alerj Jorge Picciani pediu ao Desembargador Federal Abel Gomes a rejeição da denúncia. 

O R7 tenta contato com os advogados dos outros denunciados.

*Sob supervisão de PH Rosa

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