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Polícia prende suspeito de matar ex à facadas na Ilha do Governador

Nilton Silva foi encontrado em hospital de Cachoeiras de Macacu, no norte do Estado

Rio de Janeiro|Do R7

Debora Bittencourt registrou queixa de agressão contra o ex três vezes antes de ser morta
Debora Bittencourt registrou queixa de agressão contra o ex três vezes antes de ser morta Debora Bittencourt registrou queixa de agressão contra o ex três vezes antes de ser morta

O homem suspeito de matar a ex-mulher a facadas na Ilha do Governador, no dia 1º de setembro, foi preso na noite de quinta-feira (8), em um hospital de Cachoeiras de Macacu, no interior do Estado. Segundo o delegado Fábio Cardoso, da DH (Divisão de Homicídios da Capital), a prisão foi realizada por PMs que conduziram Nilton da Silva, de 27 anos, até a DH, onde o cumprimento do mandado de prisão foi formalizado.

Segundo as investigações, Nilton era ex de Debora Bittencourt Chaves, de 32 anos. A mulher foi morta a facadas dentro da própria casa, na Ilha, zona norte, após discussão com o suspeito. Após o crime, a polícia fez buscas pelo autor do crime, e encontraram apenas a tornozeleira eletrônica que ele deveria estar usando, pois estava em prisão domiciliar, mas o equipamento foi rompido por ele entre os dias 3 e 4.

Antes de ser assassinada, Debora já havia denunciado Silva três vezes por agressão. A vítima foi à delegacia pela última vez horas antes de ser assassinada. Na ocasião, a Polícia Civil informou que não havia situação de flagrante e que instaurou um inquérito para apurar a conduta do autor. Bombeiros chegaram a ser acionados para socorrer a mulher, mas ela já estava sem vida. O suspeito deixou o local após o crime.

O primeiro pedido de socorro foi no dia 2 de junho. Debora prestou queixa por lesão corporal sem que a família soubesse. À época, as medidas de proteção previstas pela Lei Maria da Penha foram negadas pela Justiça. Pouco mais de um mês depois, no dia 4 de julho, Débora voltou a procurar a polícia após ser agredida. Na ocasião, o 6º Juizado de Violência Doméstica determinou que Nilton mantivesse distância de 100 m de companheira e não entrasse em contato com ela. A medida foi concedida no dia 23 de agosto, mas a notícia chegou para a vítima um dia antes da morte, 31 de agosto. Nilton nem chegou a ser notificado da decisão.

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O relacionamento sempre foi marcado por agressões. A atendente de telemarketing passou a ser agredida desde que Nilton se mudou para a sua casa na Ilha do Governador, onde ela morava com as duas filhas. Os desentendimentos constantes foram parar na polícia por três vezes. Todos os casos foram registrados na 37ª DP (Ilha do Governador).

A briga que culminou na morte da vítima teria acontecido após uma das filhas de Debora ir à escola e, até o fim da tarde, não ter voltado para casa. Debora teria desconfiado do envolvimento do companheiro no sumiço. No dia do assassinato, segundo a família, Debora foi mais uma vez à delegacia depois da nova agressão. Nilton foi atrás da ex, os dois foram ouvidos e liberados. Foi feito um registro de ameaça. Nilton saiu da delegacia direto para a casa da vítima. Vizinhos ouviram gritos e acionaram a polícia, mas Debora foi encontrada morta. De acordo com o mestre e doutorando em direito Thiago Jordace, o suspeito não deveria ter sido liberado.

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— A polícia deveria ter representado, na Justiça, pedindo uma imposição de medida cautelar mais efetiva, ao meu ver, a medida prisional.

O casal se conheceu pela internet quando Nilton ainda cumpria pena no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste, por tráfico de drogas e extorsão. O detento ganhou o benefício da prisão domiciliar com o uso de uma tornozeleira eletrônica, mas o monitoramento do aparelho não estava sendo feito porque o Estado não pagou a empresa responsável pelo serviço. A Corregedoria da Polícia Civil apura a conduta dos policiais que atenderam a vítima.

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