A Divisão de Homicídios da capital fluminense já tem a lista de pessoas que visitaram o traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, no Hospital Municipal Souza Aguiar, entre a sexta e o sábado da semana passada. Na madrugada de domingo (19), o traficante foi resgatado por um grupo de criminosos que invadiu a unidade de saúde. Houve troca de tiros e uma pessoa morreu, e outros dois ficaram feridos. A Polícia Civil quer descobrir se os visitantes deram informações sobre o funcionamento do hospital ao bando.
O delegado titular da DH, Fábio Cardoso, informou que a polícia investiga se houve participação de outras pessoas no crime, além do bando que fez o resgate. Segundo Cardoso, os traficantes chegaram à unidade de saúde com a informação da localização exata do resgatado.
Nesta segunda (20), o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, pediu à Justiça do Rio de Janeiro a transferência para presídios federais de 11 traficantes da facção ligada a Fat Family.
Segundo a Secretaria de Estado de Segurança, a VEP (Vara de Execuções Penais) já encaminhou o pedido ao Departamento Penitenciário Nacional. Entre os presos que devem ser transferidos, está o tio de Fat Family, de apelido Zaca.
Beltrame também afirmou na tarde desta segunda que a atuação dos PMs que faziam a segurança do traficante resgatado será investigada. Em entrevista à imprensa, ele disse que foi instaurada uma averiguação para apurar os procedimentos dos policiais no hospital. Diante da invasão dos criminosos, os PMs afirmaram que evitaram um confronto dentro do hospital e se refugiaram em outro andar da unidade de saúde. A cúpula da segurança pública tinha conhecimento do plano de resgate havia três dias após interceptar conversas telefônicas. Entretanto, apenas quatro PMs foram destacados para fazer a segurança no hospital.