O último alvo da operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e da Polícia Civil que apura desvios de R$ 6,2 milhões na Saúde do Rio se entregou na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na zona norte, no final da tarde desta quinta-feira (23).
Todos os cinco mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça foram cumpridos. Três investigados foram localizados no Rio e outros dois em São Paulo.
Entre eles estão um ex-controlador da Organização Social Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde) e a mulher dele.
Principal alvo da ação, a Iabas é suspeita de desviar parte da verba de R$ 4,3 bilhões, recebida entre 2009 e 2019, por meio de empresas terceirizadas com pretexto de realização de serviços como exames laboratoriais.
De acordo com a investigação, os suspeitos são acusados de crimes como peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, declarou ter desqualificado a Iabas devido à má gestão em abril de 2019. Inclusive, o procedimento gerou uma multa de quase R$ 28 milhões, que ainda não foi paga.
Já o ex-secretário Municipal de Saúde Daniel Soranz afirmou que a gestão do ex-prefeito do Rio Eduardo Paes sempre "atuou com transparência e lisura em todos os seus processos."
Em nota, o Iabas disse que está colaborando com as autoridades e que aguarda o desenvolvimento das investigações para saber o que há de concreto nas ilações apresentadas pelo MP-RJ.
Contratos com o Estado
Em outra ação, a Iabas também é investigada por suspeitas de irregularidades em aquisição de equipamentos e montagem de hospitais de campanha para o combate da covid-19 no Estado.