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Em reunião com cônsul, bolivianos reclamam de falta de segurança e discriminação em SP

Eles contam que crianças são vítimas de bullying e que são alvos de assaltos em casa

São Paulo|Do R7

Bolivianos se reúnem para manifestar contra a falta de segurança em São Paulo
Bolivianos se reúnem para manifestar contra a falta de segurança em São Paulo Bolivianos se reúnem para manifestar contra a falta de segurança em São Paulo (GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO)

O advogado do Consulado Geral da Bolívia em São Paulo, Felipe Prado, afirmou que representantes da comunidade boliviana reivindicaram por mais segurança durante reunião, que aconteceu nesta segunda-feira (1º). O encontro aconteceu hoje e foi marcado após a morte do menino Brayan Yanarico Capcha, assassinado com um tiro na cabeça durante um assalto.

— Eles queriam cobrar mais do consulado, coisas que não pertencem ao consulado e sim a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O consulado é como se fosse um cartório, é a parte da documentação.

Durante o encontro, o cônsul Jaime Valdívia apresentou aos bolivianos o que foi feito pelo consulado para dar assistência à família de Brayan. Dentre as ações, o consulado pagou todo o translado do corpo do menino, além da passagem aérea para que a família voltasse para Bolívia. Além disso, o cônsul disse que os pais tiveram toda a assistência jurídica no caso.

Discriminação e violência

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Durante a reunião, os bolivianos também informaram ao cônsul sobre o bullying sofrido por algumas crianças bolivianas em escolas de São Paulo e também sobre o tratamento discriminatório recebido em unidades de saúde.

A costureira Marisa Flores contou que mora no Brasil há mais 20 anos e disse que sua filha de seis anos já foi vítima de bullying. A garota, que estuda em uma escola municipal da capital paulista, teve até pertences roubados.

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— Sumiu o lanche e o caderninho.

De acordo com Marisa, os furtos aconteceram mais de uma vez.

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Os manifestantes denunciaram ainda que a discriminação também acontece em unidades de saúde. O costureiro Santos Teodoro diz que o tratamento algumas vezes é feito com ignorância.

— Não tem documento, começa a discriminação.

E, como se não bastasse os problemas com a linguagem e o fato de estarem longe de casa, eles ainda reclamam da violência.

O boliviano Guichi Maitas, 37 anos, veio para o Brasil há 12 anos e queria virar empreendedor. Porém, um fato em 2010 interrompeu esse sonho: ele foi assaltado dentro de sua casa no Brás.

Maitas conta que eram 21h quando ladrões invadiram a casa armados e assustaram a família dele. Segundo o boliviano, ele teve que se ajoelhar e pedir para que não atirassem. Os bandidos levaram máquinas de costura e dinheiro.

O boliviano afirma que teve um prejuízo de cerca de R$ 75 mil e entrou em dívidas.

— Tive que trabalhar dia e noite para pagar tudo isso.

Hoje, Maitas estava na manifestação e reivindicava a saída do cônsul. A queixa dele é que na época do crime pediu ajuda ao consulado e não teve.

— Eu guardo o B.O. até hoje para mostrar ao cônsul.

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