O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça o arquivamento do inquérito do empresário Jorge Sestini, marido da modelo Caroline Bittencourt, que foi encontrada morta em abril após desaparecer no mar em Ilhabela (SP) por conta de um acidente com o barco onde estava com Sestini.
Há um mês, finalizado o inquérito, o empresário foi indiciado pela Polícia Civil do Estado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Segundo as investigações, avisado pelo dono do local onde ele guardava a embarcação sobre o estado de emergência do local, ele havia sido negligente ao assumir o risco pelo mau tempo e permitir que Carol embarcasse na lancha do casal sem a utilização de um colete salva-vidas mesmo com o alerta da tempestade.
No documento do pedido de arquivamento de inquérito, o MP-SP avaliou que “apesar da nota à imprensa da Marinha do Brasil sobre o mau tempo, bem como da mensagem de Lenildo para adiantar o retorno à marina em São Sebastião (o que o investigado teria acatado, eis que a teria partido de Ilhabela por volta das 16h, sendo a previsão de retorno inicial às 18h) e o não uso do colete salva-vidas por ele e pela esposa, não há como se afirmar que tais eventos, por si sós, foram determinantes para o desfecho trágico dos fatos”.
O órgão ainda argumentou que “ainda que reconhecêssemos que o investigado teria laborado de forma imprudente, seria o caso de reconhecimento do perdão judicial, eis que as consequências que atingiram o investigado (morte da esposa) se revelam mais danosas do que eventual sanção penal imposta”.
Desaparecimento e morte de Carol
Depois de embarcar com Jorge Sestini e seus dois cachorros, Caroline Bittencourt desapareceu em 28 de abril (domingo), após o barco onde estava com o marido virar no mar de Ilhabela, litoral norte do Estado.
No dia seguinte, o corpo da modelo, que não resistiu ao acidente, foi encontrado. Após o barco virar, Sestini chegou a nadar por cerca de duas horas para tentar encontrar a esposa. Sem êxito, nadou por mais uma hora para se salvar.