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Justiça manda mais três do PCC para cárcere duro

Trio agia por meio de cartas codificadas para se comunicar com integrantes do PCC nas ruas

São Paulo|

Andinho, do PCC, foi condenado por assaltos e sequestros
Andinho, do PCC, foi condenado por assaltos e sequestros Andinho, do PCC, foi condenado por assaltos e sequestros

A Justiça de São Paulo determinou a internação imediata no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) do detento Wanderson Nilton Paula Lima, o Andinho, considerado um dos integrantes mais violentos e perigosos do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Os presos Hamilton Luiz Pereira, o Hidropônico, e Fabio de Oliveira Souza, o Fabinho Boy, também receberam a mesma punição. Todos são acusados de planejar o assassinato de agentes penitenciários e policiais. Eles já estão no Presídio de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, o único que dispõe desse regime no Estado.

Os três estavam presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no Interior, que possui um regime mais rigoroso na vigilância dos detentos. Segundo promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), isso não foi suficiente para impedi-los de planejar as ações criminosas juntamente com bandidos que estão nas ruas.

A investigação descobriu que, por meio de cartas codificadas, o trio havia dado a ordem para outros integrantes do PCC que estão soltos para fazer o levantamento dos endereços das casas de agentes penitenciários, policiais civis e militares de cidades como Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Presidente Bernardes, Araraquara, entre outras. As execuções deveriam parecer latrocínios (roubo seguido de morte) para não despertar suspeitas contra a facção criminosa.

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Em junho, durante uma operação da Polícia Civil, os investigadores prenderam integrantes da organização durante uma reunião em Ribeirão Preto. Em um dos computadores apreendidos pelos policiais, estavam pastas com fotos e mapas indicando a residência dos agentes públicos. A vigilância chegava a incluir a rotina de familiares, como mulheres e filhas.

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Denúncia

O Gaeco denunciou Andinho, Hidropônico e Fabinho Boy à Justiça, na quinta-feira (15), por crimes de organização criminosa armada, com penas previstas de até 12 anos de prisão.

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O Estado teve acesso à denúncia dos promotores. Em um dos trechos, é dito que "o plano de matar os agentes como se fosse latrocínio estava em pleno andamento, aguardando apenas o sinal verde dos denunciados, somente não ocorrendo em razão das prisões efetuadas na Comarca de Ribeirão Preto."

Além de receber a denúncia do Ministério Público, a Justiça determinou a internação dos presos no RDD. Neste regime, o detento fica trancado na cela por até 23 horas por dia, tem direito a uma hora de banho de sol isolado dos demais presos, visitas íntimas são proibidas e o contato físico com familiares é proibido.

Segundo o Ministério Público, Andinho é apontado com um dos líderes da Sintonia Geral do Interior, parte da hierarquia da facção logo abaixo da Sintonia Final — a cúpula - e que administra a organização no interior. A ficha criminal de Andinho soma mais de 600 anos de pena por condenações por sequestros, homicídios e roubos no Estado. Ele também foi denunciado por envolvimento na morte do prefeito de Campinas Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, em 2001, mas a denúncia foi rejeitada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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