O adolescente de 16 anos detido pela polícia durante o "rolezinho" de sábado (11) no shopping Metrô Itaquera ficará internado na Fundação Casa pelo menos até o dia 3 de fevereiro, quando haverá uma audiência sobre o caso. A irmã do rapaz, a balconista Layninker Inácio de Oliveira, de 20 anos, defende o jovem.
— Ele trabalha e estuda, tinha ido ao shopping para ver um filme no cinema com a namorada. Nem sabia desse evento.
De acordo com Layninker, a mãe do rapaz não dorme desde a detenção, no terminal da Estação Itaquera do Metrô, que fica ao lado do shopping. A família, de quatro filhos, vive em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. A mãe foi nesta segunda-feira (13) à 3ª Vara da Infância e da Juventude da capital, no Brás, para acompanhar a primeira audiência do caso. Estava sem advogado.
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O adolescente é suspeito de roubar um telefone celular com mais 10 pessoas durante arrastões que teriam acontecido no shopping. A irmã diz que ele estava só com a namorada e afirma que o rapaz encontrou o telefone no chão, perdido no tumulto.
— O dono do celular estava também sem um dos pés do tênis. Ele disse que, se o outro pé aparecesse, ele aliviava. Mas meu irmão não sabia nada sobre o tênis.
A vítima do roubo não foi localizada pela reportagem. O adolescente não tem passagens anteriores e trabalha em um minimercado, segundo a irmã.
— A promotora falou para minha mãe pegar uma declaração de que ele trabalha e fazer o mesmo na escola dele. Disse que isso poderia ajudar.