O soldado Jonathan Turella, que morreu em um lago do quartel de Barueri no dia 24 de abril deste ano, foi vítima de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), segundo histórico para requisição do laudo necroscópico, e teve hipotermia, de acordo com a médica-legista que assina o documento.
A reportagem do R7 obteve o documento, da EPML (Equipe de Perícias Médico-Legais) de Osasco, com as informações sobre a morte do jovem de 19 anos (veja imagem abaixo).
A versão do Exército é de que os soldados morreram após um acindente em um treinamento. Porém, mais de dois meses depois do ocorrido, as famílias dos jovens ainda não tiveram respostas sobre as circunstâncias das mortes.
O relatório com as causas das mortes — três rapazes morreram — já foi encerrado, mas nenhum familiar teve acesso ao conteúdo. Em entrevista ao R7, mães de duas vítimas afirmaram que os filhos não sabiam nadar e disseram acreditar que eles tenham sido obrigados a entrar na água contrariados.
De acordo com o Comando Militar do Sudeste, o Inquérito Policial Militar que apurou as causas “teve sua abertura determinada pelo comandante da 2ª Região Militar no mesmo dia do acidente, 24 de abril, sendo formalmente instaurado no dia 25 de abril e encerrado no dia 5 de junho” e “encaminhado à 2ª Circunscrição Judiciária Militar, órgão judicial a quem cabe as próximas etapas”.
A assessoria do Comando Militar do Sudeste informou também que "o comandante da 2ª Região Militar apoiou e apoia através de psicólogos e assistentes sociais as famílias dos militares envolvidos".
O R7 entrou em contato com a médica que assina o laudo, porém ela não foi localizada para comentar o caso até o fechamento desta reportagem.