O pedreiro Luiz Antonio Conceição Machado, de 43 anos, que atropelou um grupo de corredores na USP (Universidade de São Paulo) foi transferido para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na zona oeste da capital, na tarde desta segunda-feira (18).
O suspeito invadiu a faixa da direita da pista dentro do campus da USP e atingiu várias pessoas, na manhã de sábado (16). Álvaro Teno, de 67 anos, morreu e mais quatro pessoas ficaram feridas. Uma foi levada para o Hospital Samaritano e duas foram encaminhadas ao hospital Albert Einstein. Já a vítima ficou internada no Hospital Metropolitano.
O pedreiro foi indiciado por homicídio culposo – quando não há intenção de matar -, mas o Ministério Público pediu, na manhã de domingo (17), que o motorista seja indiciado por homicídio doloso - com intenção de matar.
Segundo o MP, o teste de bafômetro indicou 0,54 miligramas de álcool por litro de ar expirado. Acima de 0,05 miligramas, o condutor comete infração. Se o bafômetro marcar 0,34 mg/l ou mais, o caso é considerado crime de trânsito. No pedido, a promotora Juliana Amélia Gasparetto de Toledo Silva disse que "assim agindo, em princípio, o indiciado revelou conduzir o veículo com dolo eventual, assumindo o risco de matar aqueles corredores que, rotineiramente, praticam seu esporte dentro da Cidade Universitária”.
Leia mais notícias de São Paulo
A Justiça de São Paulo negou o pedido do MP e a conversão de prisão em flagrante para prisão preventiva. De acordo com o promotor Fernando Henrique de Moraes Araújo, que atua no caso, o juiz seguiu a mesma linha do delegado e concedeu liberdade provisória a Machado sujeita ao pagamento de fiança de R$ 55 mil.
"Não deu tempo nem de piscar", diz vítima de atropelador da USP
Alckmin vai questionar secretário sobre registro de atropelamento na USP como homicídio culposo