Marcelo Paiva, um dos 12 irmãos do auxiliar de manutenção, Eduardo Paiva, que trabalhava no Colégio Nossa Senhora de Sion, disse que Eduardo estava construindo a casa dele em São Paulo e que havia sacado R$ 3.000 para custear a obra. O dinheiro foi o motivo pelo qual ele foi morto, na manhã de segunda-feira (3), na avenida Higienópolis, em frente à escola. Segundo o irmão, erguer a própria casa era “um sonho” para a vítima.
— Era um sonho para ele. Além de trabalhar no colégio, registrado, fazia esses "bicos", para poder pagar o pedreiro. Na hora em que ele ia retirar o dinheiro para pagar o pedreiro aconteceu essa fatalidade. [...] O sonho dele se encerrou ali no chão, como vocês veem na imagem.
Marcelo ainda disse que ficou surpreso com o fato de Eduardo ter saído correndo. A polícia acredita que o auxiliar de manutenção possa ter reagido, o que fez com que fosse baleado.
— Ele de joelhos, dava a entender que ele não iria reagir, e aconteceu essa fatalidade com ele.
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Nesta quarta-feira (5), a polícia deve ouvir testemunhas que viram o criminoso que atirou em Eduardo e também funcionários do banco em que ele esteve descontando o cheque de um trabalho que havia feito. O valor não chegou a ser levado e foi encontrado na cintura dele, quando estava no hospital.
Os investigadores também buscam por outras câmeras de segurança que possam ter flagrado a moto usada pelos assaltantes. Um retrato falado do rapaz que atirou em Eduardo deve ficar pronto nos próximos dias.
O enterro de Eduardo deve acontecer também nesta quarta-feira, na cidade de Vitória da Conquista (BA). O corpo será transportado para Ilhéus, no fim desta manhã.
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