O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, afirmou nesta quarta-feira (29) que a polícia não descarta a participação de facções criminosas na onda de ataques a ônibus na capital paulista neste mês. Pelo menos 30 coletivos foram incendiados na cidade desde o início do ano.
— Não há clareza da motivação real, se é crime organizado, se são meramente movimentos sociais.
Grella afirmou, ainda, que se reuniu na sexta-feira (24) com representantes de empresas de ônibus e, no fim da tarde desta quarta-feira, vai conversar com as cúpulas das polícias Militar e Civil para discutir medidas de segurança.
Ao todo, oito adultos foram presos e cinco adolescentes, apreendidos desde ontem por suspeita de envolvimento nos ataques, de acordo com o secretário. Ele também afirmou que a Polícia Militar vai garantir que os ônibus cheguem aos seus destinos finais dentro dos bairros.
Mesmo com suspensão de linhas, ônibus são incendiados em SP
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De acordo com a SPtrans, 12 linhas de ônibus foram suspensas na zona sul de São Paulo nesta terça-feira (28). Além desta região, há dificuldades na operação do sistema de transporte coletivo área do Jardim João XXIII, na zona oeste da cidade, onde os ônibus de dez linhas não estão circulando à noite. Os coletivos estão retornando seis pontos antes da parada final.
O prefeito Fernando Haddad afirmou que a Secretaria de Transportes está em contato com as concessionárias e permissionários e que o problema é que os motoristas estão sendo ameaçados.
— A concessionária tem interesse em cumprir sua rotina. O problema é colocar os passageiros e o capital em risco, forçando a entrada onde há ameaça real de vandalismo [...] Obviamente que a preocupação é enorme.