Os mais de 1.100 presos do CDP-1 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, permaneceram quase 20 dias sem banho de sol e visitas devido às reformas nas celas e pavilhões após a rebelião do dia 24 de julho, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária. Conforme o R7 noticiou neste domingo, os detentos permaneceram entre 17 e 20 dias sem deixar as celas, o que seria, na opinião da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), um "castigo coletivo". A SAP nega qualquer forma de punição aos detentos que permaneceram no CDP-1, também conhecido como cadeião.
Leia a nota enviada ao R7 pela assessoria de imprensa da SAP:
"A Secretaria da Administração Penitenciária esclarece que o incidente havido no Centro de Detenção Provisória I de Pinheiros não teve qualquer motivo que justificasse essa conduta violenta, a não ser ação inconsequente e irresponsável de presidiários que fizeram da vida do crime uma maneira de sua subsistência.
Também não houve nenhum tipo de "castigo" imposto aos presos. Por questão de segurança, foi necessário suspender atividades realizadas nas dependências carcerárias, visando possibilitar a reparação emergencial das avarias ocorridas nos mecanismos de segurança dos pavilhões habitacionais e também para garantir a segurança de detentos, de seus familiares e de servidores. Assim que finalizada a obra de reparo, a unidade voltou a rotina, retomando as entregas de "jumbos" e realizações de visitas. Ressalvamos ainda que os detentos identificados como responsáveis por incitar ou participar do movimento de insubordinação foram removidos para Unidade Prisional destinada a cumprimento de sanção disciplinar e a administração providenciará o expediente para que a Secretaria da Administração Penitenciária solicite suas internações no regime disciplinar diferenciado.
A Secretaria da Administração Penitenciária lamenta o fato de pessoas desinformadas ou mal intencionadas, estarem espalhando falsos boatos."