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Solução para superlotação da Linha 3-Vermelha está “fora dos muros do Metrô”, diz especialista

Uso da faixa reversível na Radial Leste por biarticulados é apontada como medida imediata

São Paulo|Do R7*

Linha 3 - Vermelha ficou paralisada por cinco horas
Linha 3 - Vermelha ficou paralisada por cinco horas Linha 3 - Vermelha ficou paralisada por cinco horas

Longe de ser um caso pontual, a pane que provocou tumulto na linha 3 - Vermelha, nesta terça-feira (4), traz à tona a discussão sobre soluções para desafogar o sobrecarregado Metrô de São Paulo. Na análise do mestre em engenharia de transportes pela Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo) Horácio Figueira a saída está “fora dos muros do Metrô”.

Ele propõe que a faixa reversível na Radial Leste, via que corre paralela à linha Vermelha, passe a ser utilizada por ônibus biarticulados expressos, que sairiam de pontos na área central.

—Esses ônibus entrariam nas faixas reversíveis que operam com cone hoje, iriam direto, só parariam nos semáforos. Eles poderiam andar entre 40 e 50 km/h com velocidade média maior do que a da linha Vermelha, que hoje está perto de 40, 41, 42 km/h [...] A linha Vermelha é a segunda ou primeira linha de metrô mais carregada do mundo. Então, ela faz o impossível.

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Para ele, como a expansão das linhas tem acontecido a passos muito lentos, faz-se urgente uma solução imediata, inclusive para evitar tragédias.

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— Estou propondo um acordo de cavalheiros urgente entre o governador do nosso Estado e o prefeito de São Paulo antes que alguma coisa aconteça. Ou seja, para que tenhamos uma terceira alternativa eficiente de transporte coletivo público [...] A linha Vermelha está operando acima do limite humano e da capacidade da tecnologia disponível para ela. Estão esperando que morram pessoas. Antes que haja uma tragédia, vamos fazer o preventivo.

Administração

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Questionado sobre a privatização do Metrô como forma de aumentar os investimentos no setor, Figueira afirma que um dos principais problemas dessa medida é a origem do investimento. Ele acredita que o capital teria que vir do exterior e não do dinheiro pago pela população.

O passageiro Marcelo Santos, que também é um dos administradores da conta @UsuariosMetroSP no Twitter (plataforma colaborativa, onde usuários se mantém informados sobre a situação das linhas), também não vê de maneira positiva a ideia de privatização.

Santos nasceu no Rio de Janeiro e se mudou para a capital paulista em 2011. Na época que viveu na cidade carioca, ele também mantinha uma conta no Twitter com o mesmo objetivo do que o de São Paulo. Marcelo afirma que na cidade natal o sistema é privatizado e que serve de exemplo a não ser seguido.

— O MetrôRio, ao invés de melhorar com a privatização, ele piorou, e a SuperVia piorou mais ainda. Não vai existir um órgão do governo que seja imparcial suficiente para chegar para essa nova empresa, caso venha administrar o Metrô de São Paulo, e multá-la.

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*Colaborou Thiago Pássaro, estagiário do R7

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