A prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, pediu à Justiça para multar o Sindicato dos Motoristas e Cobradores diante do suposto descumprimento de medida judicial obtida na última quinta-feira (9), que aplicaria pena no caso do sindicato não informar aos empregadores e a população, com antecedência de três dias, sobre quaisquer paralisações até o dia 21. A multa prevista é de R$ 200 mil.
O pedido se deu porque a gestão municipal considera o Sindmotoristas responsável pela ação de vandalismo a ônibus do município, que fez com que a circulação de 33 linhas da cidade parasse.
O sindicato nega a acusação de participação no ato da manhã desta segunda-feira (14), quando homens não identificados pararam os ônibus na via, murcharam os pneus e cortaram a correia do motor, o que prejudicou a operação das linhas na região.
“A SPTrans esclarece que imputou ao sindicato a responsabilidade pelos atos de ontem, pois é sua responsabilidade institucional gerir os limites legais da categoria a qual representa, já que cabe ao sindicato arcar com os riscos inerentes à sua atividade”, escreve o Município.
A SPTrans entrou, ainda, com pedido de representação no Ministério Público Estadual e no Ministério Público do Trabalho, para apuração de crimes contra a ordem urbanística e a organização do trabalho, citando novamente o sindicato.
Em resposta, Sindmotoristas disse que não tem qualquer relação com a ação de vandalismo que ocorreu nesta segunda.
“Repugnamos qualquer ato de vandalismo. Causa-nos estranheza esse tipo de afirmativa, uma vez que a polícia estaria investigando os autores. Essa investigação foi concluída? Quem foi ouvido? Quando?”, questionou o sindicato, concluindo ser contra esta forma de protesto.
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